Viver melhor, com menos! - 13 de setembro 2011

Como diziam vovó neném e algumas de suas velhas amigas, durante o chá das cinco da tarde: quem nesta vida não tem problemas? E olhem que os tempos da vovó já se passaram há muitos e muitos anos. Contudo, mudam os costumes e as épocas, mas a essência do ser humano permanece. Suas necessidades fundamentais e básicas continuam dirigindo sua vida.

Ser amado, pertencer a um grupo social, sendo a família o mais importante de todos, ter suas crenças religiosas e políticas e poder exercê-las livremente, ter uma ocupação profissional que lhe de os meios de sobreviver materialmente e por ai afora.

Desde os tempos pré-históricos, o ser humano enfrenta diariamente os desafios que a lei da sobrevivência lhe impõe.

E nesta luta, cada um se vale dos meios e dos dons que a natureza lhe deu, mas as angustias e os sofrimentos continuam basicamente os mesmos desde os tempos bíblicos.

As reações de cada um, diante das incertezas e ameaças que a vida em sociedade coloca no seu caminho, variam muito, e também os recursos utilizados para se socorrer.

As drogas, lícitas como o álcool e o cigarro, os tranquilizantes e os antidepressivos, e finalmente as ilegais que são numerosíssimas, as mais conhecidas a cocaína e a maconha, e agora o devastador crack, são algumas das alternativas que muita gente lança mão para aguentar o estresse do dia a dia.

Infelizmente o preço a pagar pelo uso daquelas chamadas ilegais é tremendamente alto, na verdade esse preço é a própria vida.

As gerações atuais pertencem a um grupo que nasceu num tempo em que a ciência medica colocou à sua disposição um tremendo arsenal de substâncias que praticamente atendem a quase todas as suas necessidades.

Analgésicos e anti-inflamatórios potentíssimos. Relaxantes musculares supereficientes, substâncias que diminuem sem muito esforço os altos níveis de açúcar e de gorduras no sangue, os colesteróis.

Se alguém está com o astral lá em baixo, sempre existirá algum medicamento capaz de levantar o seu moral e recolocá-lo no ponto exato.

A sexualidade já nem é um problema assim tão grave como nos tempos da vovó, hoje os homens dispõem dos viagras da vida e as mulheres das reposições hormonais que prometem milagres.

Tudo isto pode parecer que as atuais gerações estão a navegar num mar de tranquilidades, mas a verdade do dia a dia mostra um quadro bem ao contrário.

Um número cada vez maior de pessoas de ambos os sexos e de diferentes idades, busca um estilo de vida que mesmo sendo mais simples e com menor ganho financeiro, lhes permita respirar e dormir melhor, sem ter que recorrer aos fabulosos medicamentos que a ciência produz. Em resumo buscam uma filosofia que preconiza viver mais e melhor com menos.

Boa sorte para essa gente boa!