Uma sessentona cada vez mais moderna!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Uma sessentona renovada todos os anos pela pesquisa médica, assim vem se mantendo sempre moderna e atual a nossa querida amiga das mulheres, a pílula anticoncepcional.
Entre os anos de 1950 e 1960, foi lançada no mercado farmacêutico um produto que prometia às mulheres um total controle sobre sua vida reprodutiva. Ela que sempre foi completamente dependente da sorte, no que dizia respeito a engravidar ou não, já que não dispunha de método confiável e acessível para evitar filhos. Assim sendo, o fato mais comum naquela época eram as famílias com uma média de seis a oito filhos. Tantos partos e abortamentos, coisa que acontecia com frequência, levavam a mulher a perder muito da sua reserva física e ainda jovens já tinham uma aparência de pessoa idosa. Foi imenso o número de abortamentos provocados ao longo dos anos—um recurso extremo que parte delas usava e que custaram caro a muita gente, ou com a perda da vida ou com a perda do útero por graves infecções, fora as complicações emocionais causadas por um ato tão agressivo contra seu instinto maternal levando a mulher muitas vezes a perder sua sanidade mental tornando-se para sempre demente. As primeiras pílulas com certeza eram muito fortes, e causavam a muitas das suas usuárias grande mal-estar, sem falar nas complicações que deviam provocar pela alta dose de hormônios que possuíam. De qualquer forma, ela marcou definitivamente a história feminina no planeta. A partir da criação dos anticoncepcionais, as mulheres se libertaram do jogo da sorte que acontecia cada vez que tinham uma relação sexual. Engravidar ou não, e decidir quantos filhos elas queriam ou podiam ter, passou a ser um acontecimento sobre o qual elas tinham agora total controle. Ao longo dos anos, a pílula foi passando por grandes modificações em sua composição. A qualidade e o tipo de hormônios utilizados além das doses, que foram se reduzindo, chegando a um mínimo nos dias de hoje, diminuíram muito os malefícios da pílula e mantiveram sua segurança. A quantidade de mulheres que a utilizam é incalculável. Não só para evitar a gravidez, mas também para controlar o ciclo menstrual e até mesmo como primeiro tratamento para a menopausa. É um fato muito comum: muitas mulheres, já em menopausa, continuam usando a mesma pílula a que estavam acostumadas para evitar a gravidez. Utilizadas sob orientação médica e com os devidos cuidados, pois nem todas podem ou devem tomar anticoncepcionais, devido a algumas doenças como pressão alta, antecedentes familiares de tromboses ou câncer de mama, ela continua sendo uma grande e fiel aliada da mulher. Existindo na forma de comprimidos, a mais conhecida, mas também na forma de injeção, adesivos, implantes sob a pele e anéis vaginais.
E viva ela!

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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