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Uma lei para ser cumprida, com urgência! - 26 de abril 2011
As entidades médicas de todo o mundo, com o apoio da Organização Mundial de Saúde, e com absoluta certeza também das pessoas de bom senso, concordam com uma afirmação: o barulho faz mal à saúde das pessoas!
Apenas para reforçar esta afirmativa, em nosso país as leis trabalhistas permitem aos trabalhadores que exercem suas atividades em ambientes onde as maquinas produzam ruídos acima de determinado nível, além de usarem EPIs (equipamentos de proteção individual) para os ouvidos, afim de diminuírem a agressão aos tímpanos, receberem também uma compensação financeira mensal agregada aos vencimentos, e ainda anteciparem em alguns anos suas aposentadorias.
Absolutamente corretas estas determinações da legislação. Devemos ainda entender que elas não foram tomadas pelo capricho eleitoreiro de algum político ou partido, mas pela real constatação de sua integral verdade.
Em Nova Friburgo, temos vários exemplos disto: diversas empresas de pequeno, médio e grande porte apresentam em suas dependências locais onde o nível de ruído ultrapassa aquele previsto em lei e, assim sendo, os trabalhadores daqueles setores utilizam seus protetores de ouvido.
De modo semelhante, as populações das cidades, dentro e fora de suas residências, mas principalmente quando estão caminhando pelas ruas, são expostas, queiram ou não, ao som produzido por automóveis, caminhões, ônibus e motocicletas que circulam pelas mesmas vias públicas. Além disto, temos também os ruídos gerados pelas outras atividades que possam estar ocorrendo simultaneamente — obras, carros de som, veículos que vendem gás com seus alto-falantes anunciando seu produto.
Aqueles que residem em casas ou apartamentos que ficam situados de frente para as ruas são especialmente atingidos por esta agressão sonora. Dormem mal, são forçados a conversar em voz alta e a assistirem sua TV também em volume acima do normal, pois é sua única forma de lutarem contra o infernal barulho que os cerca.
Algumas famílias, principalmente com idosos ou bebês em suas casas, quando possuem condições financeiras, colocam em suas janelas vidros especiais que impedem a passagem do som vindo da rua, mas ficam com outro problema que é o aquecimento do ambiente interno da moradia pela falta de circulação do ar.
Vejam que um problema vai gerando outro. E aqueles que não podem pagar os altos custos destes vidros especiais, como podem se defender?
Nossas madrugadas, que poderiam ser uma bênção para todos dormirem o chamado sono dos justos, são na verdade, em muitas áreas da cidade, uma sucursal do inferno do barulho. A medicina entende o sono como uma absoluta necessidade do organismo, tanto isto é verdade que nenhum de nós consegue permanecer sem uma boa noite de sono, sabem muito bem disto todos aqueles que por alguma razão ficaram privados de uma ou mais noites sem dormir. Falecimentos, doenças das crianças, mães com seus recém-natos e outras tantas causas.
Assim sendo, devemos nos dar as mãos, e juntos com nossas autoridades civis e militares, as quais também sofrem com o barulho, assim como suas famílias, colocarmos a lei que regulamenta o assunto para funcionar, doa a quem doer.
Motocicletas sem silenciadores fazendo, de propósito, um tremendo barulho noite e dia, assim com outros veículos, devem ser retirados das ruas, já. A nossa saúde agradece!
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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