Um mistério que aguarda explicação

Por mais que se fale a respeito desta febre que assola o pais e já amedronta o planeta, tal a rapidez com que se espalha (já chegou até na distante China), o zika vírus continua causando espanto em todos os especialistas que procuram explicá-lo. Não bastasse o fato quase certo de que causa diminuição do cérebro dos fetos durante a gravidez, surgem novos casos ainda mais graves, nos quais ocorre a destruição quase completa do cérebro fetal. Em diferentes lugares do pais, novos casos vão aparecendo, com deformações graves na coluna vertebral e total liquefação do tecido cerebral. Situações incompatíveis com a vida após o nascimento. Já se sabe com certeza que o vírus pode se manter vivo dentro do corpo de uma pessoa infectada, sendo encontrado na saliva, na urina, no sangue e no sêmen, podendo ser transmitido para outra pessoa através destas secreções. As emissoras de TV e os jornais apresentam todos os dias entrevistas com médicos a respeito do vírus e dos males que ele causa. Na realidade os colegas pouco podem informar, tendo em vista que as informações verdadeiramente científicas de que dispomos são poucas e não completamente confiáveis, conforme dizem os próprios especialistas. Esta nova situação na qual os fetos nascem com cérebro de tamanho normal, mas toda uma série de graves lesões nas articulações do corpo e na coluna vertebral, vem sendo chamada pelos médicos de zika congênita. Indo muito mais longe do que se pensava, a agressão deste vírus ao organismo dos fetos provoca uma verdadeira demolição no corpo dos fetos. A duvida ainda permanece para uma parte da comunidade científica. Alguns pensam que pode haver algum outro agente por trás destas malformações fetais. Alguns falam em produtos químicos utilizados no combate à dengue, outros dizem que o larvicida utilizado para matar o mosquito pode ser o responsável. Há muitos anos atrás, começaram a nascer crianças com falta de um ou dos dois braços em diferentes países do mundo. Levou-se muitos anos para descobrir que a causa estava num medicamento muito usado para melhorar alguns sofrimentos da gestante, a talidomida. Hoje este produto ainda é muito utilizado para tratar outras doenças.