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Um desastre que pode ser evitado - 7 de fevereiro 2012
O passar dos anos, inevitavelmente, trás algum tipo de problema para todos os seres vivos.
Entre as mulheres, um deles, depois dos quarenta anos, é a perda de cálcio dos ossos.
Esta condição se deve a diversos fatores. O mais importante é a diminuição da produção de hormônios estrogênios pelos ovários. Também uma consequência direta da idade, e um acontecimento comum a todas as pessoas do sexo feminino.
Fatores que também influenciam muito esta descalcificação do sistema ósseo das mulheres na menopausa são a herança genética, a raça, os hábitos de vida como alimentação, atividades físicas e outros.
Essa perda de cálcio pode trazer, ao longo dos anos, um importante enfraquecimento dos ossos, os quais ficam então expostos a fraturas ao menor esforço.
Apenas para exemplificar, ouvi um relato de uma paciente, a respeito de sua mãe, uma mulher de setenta e dois anos, gozando de boa saúde, a qual estando sentada num banco do jardim de casa, levantou-se rapidamente e desabou no gramado, com fortes gemidos de dor.
Levada ao hospital foi constatada uma fratura no fêmur, osso da coxa.
Após o atendimento, a senhora foi internada e mais tarde submetida a uma cirurgia. O ortopedista que fez o procedimento comentou com a filha da paciente que ela poderia ter quebrado o osso ao levantar-se subitamente e então caído ao solo. Mas também disse que poderia ter acontecido o contrário, ou seja, o fêmur ter se partido por causa da queda.
Esta dúvida sempre existe, segundo o médico.
Contudo, por trás de tudo isto, estava um enfraquecimento ósseo chamado pelos médicos de osteoporose.
Esta condição atinge um número muito grande de mulheres por tudo o planeta. Muitas destas pessoas, após fratura, podem ter sua qualidade de vida permanentemente prejudicada, e até mesmo morrer por causa das complicações derivadas do fato de ficarem presas ao leito por muito tempo.
A saída para esta situação é um acompanhamento medico correto.
Todas as mulheres depois da menopausa devem buscar orientação de profissional médico, geralmente o ginecologista.
Este médico dispõe de meios eficazes para diagnosticar através de exames simples, como o de sangue e o de raios X, feitos rapidamente, o estado dos seus ossos.
Estes exames podem ser realizados anualmente ou a cada dois anos, dependendo de cada caso.
O tratamento também é muito simples, e se faz com a ingestão de doses diárias de cálcio e vitamina D, além do uso semanal ou mensal, variando com o tipo de medicamento escolhido pelo médico.
Algumas condições, contudo, podem prejudicar o resultado do tratamento: o nível socioeducacional das pacientes, sua situação financeira e falta de vontade em persistir com a tomada dos medicamentos.
As fraturas causadas pela fraqueza dos ossos trazem sérios danos à saúde e à qualidade de vida das mulheres atingidas. Suas famílias também são muito prejudicadas com o fato de terem que cuidar de uma pessoa que passa a ficar totalmente dependente de ajuda para as mais simples atividades da vida diária.
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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