Receita para se viver uma longa vida

Toda vez que encontramos alguém, seja mulher ou homem, com idade bem avançada, e com uma saúde e uma aparência de causar inveja, totalmente lúcida, conversando sobre tudo, é inevitável que se faça uma pergunta já tradicional: qual é a receita para esta saúde maravilhosa?

E cada pessoa idosa tem sua resposta e sua receita muito pessoal. É uma comida saudável, dormir oito horas por noite, evitar aborrecimentos, beber um copo de vinho tinto por dia, rir bastante, evitar conversas a respeito de assuntos ruins, apreciar as belezas da vida, ouvir belas músicas. Na verdade, são infinitas as receitas de cada um, tentando explicar como chegou tão bem a uma idade tão avançada, na qual a maioria das pessoas já faleceu, ou então está bem mal, depende da ajuda dos outros para quase tudo, e sua memória já se perdeu na vastidão dos tempos. Fiquei muito sensibilizado neste fim de semana com a vitória brilhante de nossa seleção de futebol, com a luta dos nossos jovens cidadãos pelos seus direitos, luta esta que todos nós temos a obrigação de apoiar se quisemos que nossos netos e todos aqueles que vierem depois de nós tenham um país onde se possa viver com dignidade e igualdade. Uma outra coisa que muito me entusiasmou foi uma nota que li na coluna sobre saúde do jornal O Globo. Beber moderadamente, caminhar sempre, fugir do fumo, e assistir ao pôr do sol. Esta última parte da receita foi que realmente me entusiasmou, assistir ao nascer e ao pôr do sol, observar a natureza, tomar um bom café puro, bem quente, enquanto assiste à chuva cair. São coisas muito simples, mas de grande riqueza emocional e que com toda certeza fazem muito bem ao espírito.

Sabemos com muita certeza que o tempo de vida de cada um de nós tem relação com diferentes fatores. A herança genética que recebemos de nossos pais é fundamental, mas é apenas uma parte da resposta. A qualidade da vida que levamos e os nossos hábitos são muitíssimos importantes. O que comemos, o que bebemos, o ambiente que nos cerca, a cidade onde vivemos, as pessoas com que convivemos, nosso padrão de vida depois que nos aposentamos. São na verdade uma série de elementos que, quando se unem, completam um quadro que leva uma pessoa a viver de forma intensa e ter longa vida, com saúde e qualidade.

Ter cidadania, por exemplo, é fundamental para se atingir esta condição. E cidadania, vocês já sabem de tanto ouvir falar, é algo pelo que temos a obrigação moral e religiosa de lutar, independente da denominação religiosa que seguimos. Como diz a Bíblia, a verdade liberta!