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Quem cuida do cuidador?
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Discussões a respeito dos cuidados para se manter em bom estado de saúde sempre fizeram parte do dia a dia das pessoas.
Muitos pais, desde que seus filhos nascem, procuram passar para eles informações sobre o que consideram os melhores hábitos de vida. Seja a respeito da alimentação, da melhor hora para ir dormir, de tomar banhos com água fria, de mastigar bem os alimentos antes de engolir e muitas outras coisas.
Em se falando de mastigar bem a comida, se dizia em forma de brincadeira que o ”estômago não tem dentes”.
Muitas doutrinas, filosofias quase religiosas, de diferentes partes do mundo, possuem em sua formulação capítulos nos quais também citam cuidados que consideram de grande importância para o bom viver e para afugentar as doenças.
A humanidade, desde muito cedo, foi aprendendo na base de muitas tentativas e erros a buscar soluções para os problemas que se apresentavam e a partir daí foram surgindo as primeiras noções de higiene e de saúde pública. Depois vieram muitas outras ideias de como proteger a vida, a importância de se cuidar das fontes de água potável, de se limpar bem os alimentos antes de comer.
Surgiram as vacinas contra muitas doenças, surgiram os antibióticos, e por aí afora foram aparecendo informações e conhecimentos que formaram o que hoje representa toda a nossa moderna ciência.
As mulheres são citadas como pessoas muito mais cuidadosas em relação à sua saúde do que os homens. As estatísticas mostram que elas comparecem com muito mais regularidade aos exames de rotina anuais que seus companheiros.
Apesar de que nos dias atuais elas também passaram a sofrer, quase que em regime de igualdade com os homens, de doenças cardíacas e outras, por exemplo, isto não diminui o fato de serem mais atentas consigo mesmas que seus parceiros.
Semana passada, li um interessante artigo de um colega cirurgião pediátrico e professor universitário brasileiro, a respeito dos médicos e seus problemas de saúde.
Este médico, em seu artigo cheio de estatísticas, mas muito rico em informações que vou resumir ao máximo, mostra os principais problemas que afligem a saúde dos nossos colegas e que levam muitos à morte.
Uma das coisas mais claras no artigo do referido médico é que os médicos são os piores pacientes. Em razão das características da profissão e talvez pela própria formação, subestimam os riscos que correm e protelam sempre os próprios exames de rotina, os mesmos exames que tanto recomendam aos seus pacientes.
Entre as principais causas de morte entre médicos, ele cita as doenças cardíacas, pressão alta e infarto cardíaco, alguns tipos de câncer sendo o mais comum o da próstata e por último os acidentes de trânsito. A partir destas informações, surge a pergunta: se os médicos cuidam da saúde de todos, quem cuida da saúde deles? É preciso então que as novas gerações médicas sejam melhor orientadas, desde os bancos da faculdade, a se cuidarem melhor.
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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