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Prevenir não dói
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
"É melhor você vestir uma roupa mais quente, menino!” Já dizia a vovó Neném, muitos anos atrás, quando algum dos netos saía para a rua num dia frio. Um sábio conselho, que nem sempre era aceito, pois a garotada queria mesmo era sair correndo para brincar. Mas a atitude da vovó, baseada numa vida longa de experiência, era uma forma simples de prevenir doenças.
Desde muito tempo, a prática médica mostra que sempre é mais fácil e barato prevenir uma doença do que tratar das suas consequências. Um dos exemplos mais evidentes para todos é a questão das vacinas. Uma das maiores descobertas da ciência, assim como os antibióticos e os anestésicos, elas foram fundamentais para se proteger a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Um método extremamente barato, de ação rápida e por muitos anos, vejam o exemplo da vacina da gotinha, sem nenhuma dor, em segundos ela começa a fazer efeito, e garante para aquela criança a proteção contra uma das doenças mais terríveis que é a paralisia infantil.
Outro exemplo é a vacina contra a raiva. Uma doença mortal, que só tem prevenção com a vacina, não existe tratamento depois que ela se instala no corpo humano. Até hoje em nosso país, só temos notícia de um caso de cura depois da contaminação. E, desta forma, são realizadas campanhas anuais por todo o país, patrocinadas pelas associações médicas de diferentes especialidades, procurando estimular mulheres e homens a procurar seus médicos e também a levar seus filhos para a saudável e salvadora consulta de prevenção. Os exemplos mais conhecidos que todos sempre lembram são as campanhas preventivas contra os cânceres da mama, do colo do útero e da próstata. A vida está cheia de depoimentos comprovando isto, e também mostrando o contrário. São pessoas contando a respeito da dor e do longo sofrimento de um irmão, pai, ou de uma mulher relatando a luta que sua mãe travou contra um tipo de câncer. Em sua maioria lutas perdidas, depois de anos de sofrimentos que atingiram toda a família. Mas também temos depoimentos muito bonitos e positivos, mostrando que durante um exame de rotina realizado uma vez por ano, descobriu que estava com um câncer bem inicial, o que permitiu um tratamento rápido bem sucedido e sem sofrimento. Estas pessoas, depois deste susto, se tornam as maiores defensoras dos exames preventivos. Podemos realizar exames para tentar prevenir quase todas as doenças, evidentemente que isto não é uma verdade absoluta, podem ocorrer falhas em muitos deles, mas em sua maioria eles acertam no alvo e salvam a sua vida ou de alguém muito importante para você. Prevenir é melhor, mais fácil e indolor do que remediar.
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
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