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Pelo menos alguma coisa boa! - 3 de janeiro 2012
O ano que começa anuncia uma série de boas novidades em diferentes áreas da medicina.
Em relação aos transplantes de órgãos, já nem causa espanto o que se vê nos jornais e TVs, cada vez mais se realizam cirurgias consideradas impossíveis, tais eram as dificuldades técnicas existentes. Os mais recentes, os de rosto, ainda longe de serem considerados bons do ponto de vista estético, já são parte do currículo de alguns cirurgiões do exterior.
Em se falando de novos medicamentos, apesar de muita gente sentir-se prejudicada do ponto de vista da comodidade, a proibição da venda de tranquilizantes e antibióticos sem receita medica controlada foi uma grande vitória do bom senso e da ciência.
Em quase todos os países do mundo, esta já era uma realidade.
O uso de antibióticos sem controle médico é um perigo. Pode causar graves danos à saúde daqueles que o fazem, e mais ainda, acaba por produzir micróbios resistentes.
A produção de um antibiótico, do momento em que se iniciam as pesquisas e depois os testes, até sua colocação nas prateleiras das farmácias para venda ao público, é um processo longo, leva anos, e muito caro. Milhões de reais são gastos neste trabalho, além de milhares de horas de trabalho de equipes da mais alta qualificação.
Usar um produto destes sem obedecer às indicações médicas é um gravíssimo erro.
Do mesmo modo, a pesquisa para produção de medicamentos tranquilizantes, soníferos e outros, para ajudar no tratamento e controle de distúrbios e doenças do sistema nervoso, exige investimentos de grande monta, exatamente como aqueles dos antibióticos.
Sua utilização sem a indicação exata de um médico especialista é um absurdo.
A exigência de controle e retenção de receita para consumo destes produtos, apesar de gerar algumas dificuldades para muitos, principalmente àqueles que fazem uso continuo de tranquilizantes e outros, foi uma decisão acertada.
No que diz respeito ao tratamento dos diferentes tipos de câncer, o surgimento de novas drogas, muito especificas, trouxe um novo alento para a vida dos pacientes. Das antigas e tremendamente desconfortáveis sessões de quimioterapia, se comparadas com as de hoje, vai uma longa distância.
A exatidão dos aparelhos de radioterapia atuais permite ao médico radioterapeuta um controle absoluto da área a ser irradiada, e também da dose que vai ser usada, diminuindo ao máximo os riscos de lesões em órgãos vizinhos.
Próteses da melhor qualidade estão proporcionando vida nova, e boa, aos que delas estão fazendo uso.
Aparelhos portáteis, pequenos e funcionais, de grande precisão, permitem hoje a todos aqueles hipertensos, diabéticos, manterem controle de suas doenças sem precisar recorrer aos hospitais e ambulatórios com muita frequência, embora devam manter contato com seus médicos dentro das recomendações dos mesmos.
São boas notícias estas.
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Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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