O Estado mostra a força. Até que enfim! - 30 de novembro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Impossível, neste momento, ficar desligado dos acontecimentos que ocorrem na cidade do Rio de Janeiro.Linda e maravilhosa, um dos principais pólos turísticos do pais, conhecida internacionalmente por suas belezas naturais e pela cordialidade dos seus moradores.

Todo mundo, principalmente os homens, que lá chegam a passeio perguntam logo pela garota de Ipanema, celebrizada pelo nosso excelente Antonio Carlos Jobim.

Ela, a original, ainda anda por lá, já agora uma bela e sessentona vovó.

Centro de uma verdadeira guerra de libertação, o Rio de Janeiro virou um centro das atenções mundiais depois das ações de guerrilha urbana que o tráfico de drogas iniciou, tentando de forma desesperada intimidar as ações policiais do Estado, que tiveram início com a instalação das chamadas Unidades de Policia Pacificadora (UPPs) nas favelas.

A ausência, por omissão, do poder publico ao longo dos últimos anos, daquelas regiões da cidade, fez delas locais mais do que convenientes para que lá passassem a viver bandidos de toda espécie, mantendo o poder através da intimidação dos moradores.

Fizeram das favelas ,lugares onde o Estado não tinha qualquer autoridade.

Chegou-se ao extremo vergonhoso de ter-se que obter “permissão “ dos criminosos ,para que se pudesse ter acesso àquelas áreas. Pessoal da manutenção de linhas de energia, da saúde, limpeza publica e muitos outros, não se aventuravam por aquelas bandas sem autorização da bandidagem.

A auto estima da população carioca, e de todos os brasileiros, ficava jogada por terra.

Os jovens perguntavam aos mais velhos, por que isto tem que ser assim?

Porque a policia não sobe lá e acaba com a farra daquela gente? Porque não libertam logo aqueles milhares de cidadãos, trabalhadores honrados, que sofrem há anos nas garras daquelas feras?

E, os mais velhos calavam-se, sem ter uma resposta adequada.

A sociedade organizada e civilizada, fica muitas vezes refém de suas próprias leis. Para o crime é fácil agir. Roubar e matar na hora que bem entendem, corromper e violar as leis é tão simples como tirar balas de uma criança.

Enquanto isto, as autoridades policiais precisam superar uma tremenda quantidade de detalhes jurídicos e entraves políticos para dar a resposta.

Nem mesmo a dolorosa e monstruosa execução do jornalista Tim Lopes da TV Globo, que por lá se aventurou, foi capaz de levantar a revolta que hoje vemos, por parte da sociedade, contra o escândalo que é a presença daquela ´bandidada´ intocada, no alto dos morros, zombando de todos as pessoas de bem, sacudindo suas armas.

Que, depois da limpeza e da faxina geral naquelas localidades, o poder publico saiba devolver aos seus moradores a condição de cidadãos. Que lhes seja fornecida saúde, escolas, moradias condignas, acesso a suas casas. Água e luz, coleta do lixo domiciliar, enfim, tudo que se fizer preciso para que lá não voltem mais aqueles criminosos.

Não pode existir saúde,na sua definição mais completa, sem o preenchimento de todos aqueles requisitos.

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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