O bem não faz barulho, e o barulho não faz bem!

sábado, 31 de julho de 2010

Em continuação ao assunto da semana passada, revendo informações mais recentes e exatas, podemos dizer que 30% dos brasileiros sofrem de pressão alta. Se transportarmos esta cifra para a nossa cidade, vamos levar um susto. Teríamos 60 mil friburguenses com pressão alta. É claro que a coisa não é tão exata assim, mas passa perto. Quando se fala em pressão alta não significa que as pessoas estejam com sua pressão no limite máximo, à beira de um infarto ou derrame cerebral, mas a grande maioria delas convive com pressões acima do normal e sequer sabem disso.

Chamada de inimiga silenciosa, na maior parte dos casos ela não dá aviso ou sinal, e as pessoas de nada se queixam, executando normalmente suas atividades rotineiras.

A descoberta de seu estado de hipertenso quase sempre é casual. Uma consulta medica de rotina. Durante um evento promovido por alguma organização de fins sociais, quando se leva um choque ao receber a informação de que sua pressão está acima do normal.

Geralmente, a constatação de que se está hipertenso não é levada a sério num primeiro momento. É muito frequente a pessoa apresentar explicações do tipo “eu devia estar nervoso naquela hora” ou “abusei um pouco na véspera, num churrasco”.

É bastante compreensível este fato. É uma forma das pessoas tentarem fugir daquela triste realidade, pois ninguém quer se saber doente.

A doença é democrática. Atinge igualmente a todos, sem fazer distinção de sexo ou classe social.

A vida moderna nos leva a adoecer. É uma verdade inegável. A fartura de alimentos altamente calóricos, sal em abundância, álcool em quase todas as ocasiões sociais e mesmo fora delas e uma grande falta de esforço físico.

Esta é uma receita infalível para se adoecer.

Uma mudança de hábitos se faz urgente em nossa sociedade. Mexer-se mais, usar menos os automóveis, ônibus e motocicletas. Evitar, sempre que possível, os elevadores. Subam pelas escadas. Pode não ser agradável mas será um presente para sua saúde.

Se existem antecedentes familiares, como pais ou avós hipertensos, as coisas podem ficar mais complicadas ainda. Uma notícia que anda circulando nas revistas medicas, vem trazendo grande preocupação aos especialistas em cardiologia: a possibilidade de que, alguns dos medicamentos mais utilizados para tratamento da pressão alta estejam ligados ao aparecimento de câncer, mas, por enquanto, nada foi ainda comprovado.

Fugir da necessidade de usar remédios ainda é a melhor estratégia. Mudança de hábitos, usar mais o corpo, exercitar-se da forma mais simples que seja que é o caminhar, moderação na comida e na bebida, buscar momentos de lazer longe do barulho, que não faz bem. Boa música e boa leitura, bons filmes para assistir, são algumas das alternativas para se viver mais e melhor.

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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