Novas visões sobre como tratar o câncer

A ciência médica não é uma ciência exata, como a física ou a matemática, e nem poderia ser. Sua história é marcada por momentos de grandes reviravoltas, descobertas acidentais que mudaram seu curso, como no caso da penicilina, que marcou o início da era dos antibióticos. Uma das mais tremendas batalhas que os médicos vêm enfrentando há muitos anos é a luta contra o câncer. Marcada por um nome que figura até hoje entre os cirurgiões, o do doutor Halstead, que desenvolveu a mais radical técnica para tratar o câncer da mama, que leva o seu nome, partia do princípio de que todos os tecidos vizinhos ao câncer deveriam ser removidos e assim sua cirurgia retirava além da mama inteira, os músculos e gânglios da região, deixando a mulher com um vazio imenso na região, com sua vida salva em muitos casos, mas com sua autoestima e sua vida pessoal arrasadas. Com o passar dos anos e novas ideias, se verificou que poderia se obter os mesmos resultados com cirurgias bem menos agressivas, retirando apenas pequenas partes da mama e fazendo uma retirada, quando preciso, de nódulos localizados dentro das axilas. O tempo passou e com ele ideias mais revolucionárias e corajosas foram aparecendo sobre como se poderia manejar o tratamento do câncer. Evidentemente que estas novas técnicas não podem ser aplicadas a todos os tipos da doença, mas somente àquelas em fases mais iniciais. De qualquer modo, já é um grande avanço. O câncer é uma forma de proliferação de células dentro do nosso corpo, totalmente descontrolada e rápida, que vai invadindo os órgãos vizinhos e destruindo tudo que estiver em seu caminho, acabando por levar o individuo à morte. Entre os muitos tipos da doença, que atacam homens e mulheres brasileiras, podemos citar os da próstata e das mamas. A prática médica do dia a dia tem mostrado que existem tipos e tipos de câncer, cada um com seu cada um, como se diz no popular. Sua evolução depende muito do organismo da pessoa e de sua imunidade pessoal. Alguns evoluem com rapidez espantosa enquanto outros andam a passos de tartaruga. Dependem da idade do indivíduo atingido. É sempre bom para todos aqueles atingidos por algum tipo de câncer ouvir mais de um especialista antes de se decidir por um tratamento. Os médicos possuem opiniões e experiências diferentes sobre o modo de tratar a doença e nem sempre a primeira opinião é a melhor.