Mundo cão!

Mundo cão. É o nome de um filme brasileiro que assisti recentemente pela Netflix, com uma ótima participação de todos os atores num elenco encabeçado pelo excelente Lázaro Ramos. O enredo do filme se baseia na história de um homem (Lázaro), um marginal apaixonado por seus cães, que tem um deles, um rottweiler, capturado pela turma de controle de animais de rua da cidade e que após um tempo de espera pelo responsável, como não aparece ninguém, é sacrificado com uma injeção letal. Daí por diante se desenrola uma trama que prende os que assistem.

Atualmente um dos assuntos que mais aparecem nos meios de comunicação, seja rádio, TV, revistas e jornais, é sobre a presença dos animais de estimação na vida das pessoas e sua importância, principalmente na daqueles solitários e carentes de afeto. Hoje o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em relação à presença destes animais convivendo com as famílias e também ao volume de dinheiro que este mercado movimenta, muitos bilhões por ano, ligados aos alimentos e todos os tipos de acessórios, como roupas, camas, gaiolas, produtos para banhos, vitaminas e muito mais.

Mas, fora todos estes aspectos ligados ao lado comercial da questão do chamado mundo pet, vem o aspecto mais importante de todos que é exatamente o papel que estes animais, de todos os tipos, passaram a desempenhar na vida dos seus donos e de suas famílias.

Segundo os veterinários e psicólogos, a vida de muitas destas pessoas e de suas famílias passou por uma mudança radical depois que trouxeram para casa um destes animais. Na verdade os cães e gatos são os mais presentes, justamente pela facilidade do contato físico que é possível entre eles e seus donos, o que já não ocorre com outros seres como peixes e pássaros. Existem algumas espécies raras, como cobras, lagartos e ultimamente até pequenos porcos, mas representam quase nada na totalidade do mundo pet.

A presença física do animal de estimação dentro de uma casa ou apartamento preenche o vazio que a solidão provoca no dia a dia das pessoas, principalmente dos solitários, dos idosos que vivem isolados. Estas pessoas se comunicam com seus animais, falam com eles, os levam para passear, levam ao veterinário, fazem relacionamentos com outras que também possuem seus bichos de estimação e passam a se relacionar com elas, criando laços de amizade que podem permanecer até o fim da vida.

Contam-se histórias incríveis de gente que renasceu após adotar um animal, de gente que depois de anos lutando contra uma depressão mortal conseguiu se livrar dela após levar para casa um destes animais. Muita gente diz que adotou um cão ou gato, com pena do bicho, mas que depois descobriu que foi o animal que melhorou a sua vida.