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Melhor prevenir que remediar! - 6 de setembro 2011
No meio de tantas discussões e debates a respeito da obesidade, assunto qual já se estende por longos anos sem que se tenha chegado a um consenso sobre a melhor e mais adequada forma de se conduzir a questão, por vezes podemos perder de vista outros sérios problemas relacionados não só ao bem-estar do ser humano, mas também à sua sobrevivência.
Entre muitos destes problemas, podemos ressaltar um, por atingir principalmente as mulheres: a osteoporose.
Apesar de afetar também o sexo masculino, o faz de maneira bem menos grave, numa proporção de um homem para cada cinco mulheres.
Se consultarmos as estatísticas das previdências sociais de todo o mundo, veremos que a quantidade de mulheres afastadas de suas atividades precocemente, e com suas qualidades de vida muito prejudicadas, é bastante importante.
A perda de cálcio pelos ossos, no sexo feminino, bem mais acentuada que no organismo masculino, se dá a partir dos trinta anos e vai se tornando mais acentuada com o passar do tempo.
A diminuição da produção de hormônios femininos, pelos ovários, tem parte fundamental neste acontecimento, uma vez que são eles os grandes responsáveis pela fixação daquela substância na massa dos ossos.
Por varias razões, hábitos alimentares, sedentarismo, fumo e bebidas, além de fatores familiares, a herança genética, a partir daquela idade as mulheres iniciam uma fase de perda do cálcio em torno de um por cento ao ano.
Algumas podem perder até bem mais.
Como esta perda é bem lenta e seus sintomas iniciais praticamente são muito pequenos, a grande maioria das atingidas nem sequer percebe o que está acontecendo.
Contudo, ano após ano, a perda de cálcio vai se somando e lá pelos cinquenta e tantos ou sessenta anos, a quantidade perdida pode chegar a trinta por cento, ou até mais.
A descoberta da doença, na maioria dos casos, se dá por acaso, quando ela já esta instalada, por ocasião de uma visita ao medico, o qual solicita um exame de RX dos ossos e aí então se revela o estrago sofrido.
Algumas daquelas mulheres infelizmente não têm a mesma sorte, e só vão tomar conhecimento da situação após uma seria fratura de algum importante osso, geralmente do quadril ou o fêmur. Recebem então a informação de que sofrem de osteoporose, fraqueza acentuada dos ossos, por isto o osso se quebrou com facilidade.
Muitas não resistem ao período de repouso obrigatório e passam a sofrer de outras doenças que começam a surgir justamente pela falta de exercícios.
Uma boa atitude é começar desde cedo, na infância e na adolescência, a formar uma boa reserva de ossos fortes e saudáveis, através de uma alimentação adequada, o que infelizmente não vem acontecendo muito na nossa juventude, devido aos péssimos hábitos alimentares.

Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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