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Medo é o que não falta!
Na história da humanidade, um dos elementos mais presentes é o medo.
Desde o tempo das cavernas, quando a única garantia de sobrevivência era uma boa caverna por perto, nos momentos de emergência, quando algum enorme animal comedor de carne aparecia. E uma boa caverna era aquela que tinha uma entrada estreita, bem apertada, apenas o suficiente para a passagem de uma única pessoa por vez, o que garantia que os animais por ali não passariam. Era o medo de ser devorado vivo.
Os medos nos acompanham desde aqueles tempos.
Dizem as estatísticas que um dos temores mais presentes hoje em dia é o de perder um bom emprego. Dos maus empregos as pessoas se afastam espontaneamente.
Outro medo muito presente no dia a dia dos humanos é o de ser atingido por um câncer.
Um medo muito comum entre as mulheres é o da solidão, de não conseguir um companheiro.
Medo de ficar pobre faz parte do imaginário de todos. Qualquer um que tenha conseguido um mínimo de equilíbrio financeiro e material sofre sempre de temores de que algum acontecimento, independente de seu controle, possa roubar-lhe o que tenha conseguido juntar, jogando-o na miséria.
Difícil imaginar uma mãe que não sofra do medo de que alguma coisa má possa acontecer a um filho ou filha, quando ele se afasta de casa para uma viagem de alguns dias, a passeio, ou por qualquer outra razão.
Qual pai ou mãe não se preocupa com a possibilidade de seus filhos não conseguirem vencer na vida?
Com o passar dos tempos os filhos é que passam a sofrer do medo da perda dos pais. A cada ano que passa, cresce o temor da proximidade da morte daquelas pessoas queridas, que sempre estiveram presentes em suas vidas, nos bons e maus momentos.
O medo da infidelidade, sempre presente na mente de mulheres e homens desde tempos imemoriais.
Um medo mais recente, estimulado pelo cinema, com o lançamento de diversos filmes abordando o tema da destruição do nosso planeta por algum asteroide gigantesco, habitou as mentes de muita gente, por longos tempos. A preocupação com uma guerra atômica foi uma verdadeira epidemia mundial na época da guerra fria, quando o clima de inimizade era intenso entre as grandes potências.
O medo dos raios é uma verdade. Milhares de pessoas em todo o mundo passam por maus momentos durante as épocas de tempestades, por causa dos raios que caem por todos os lados.
Medo de andar de elevador e ficar preso ou despencar poço abaixo.
Medo de alturas, outro fantasma a perturbar a vida de muita gente. Tem pessoas que sentem vertigens só de se aproximar da beirada de um local mais alto. Nem mesmo conseguem chegar na janela de um apartamento de maior altura.
Medo de enchentes, medo do fim do mundo, um dos temores mais recentes, entre tantos, é o medo de ter medo, a chamada síndrome do pânico.
Medo de pegar aids, medo de uma gravidez indesejada; tem gente que tem medo de ser enterrada viva. Medo é o que não falta, tem medo para todos os gostos. Medo de ser assaltado, de ser sequestrado, os medos passam de geração a geração estimulados pelas histórias que se ouve desde a infância. Medo do Saci Pererê, da mula sem cabeça e por aí afora.
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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