Maioridade penal. O que fazer?

terça-feira, 11 de junho de 2013

É impressionante o mal-estar que causa em todas as pessoas ordeiras e de bem as notícias veiculadas pelos meios de comunicação a respeito dos crimes terríveis cometidos por marginais de todas as idades. As religiões de todas as denominações, em todas as partes do mundo, deixam claro que cada ser humano tem a opção da chamada livre escolha, ou livre arbítrio. Isto, em poucas palavras, quer dizer que cada um de nós pode decidir o que vai fazer de sua vida. Homens e mulheres em todos os recantos do mundo, submetidos desde sua infância às mesmas dificuldades e obstáculos, seguem caminhos diferentes. A maioria, felizmente, busca os rumos do bem. Infelizmente, um grande número de indivíduos de ambos os sexos faz escolhas opostas e seguem as trilhas do mal, da desgraça, do vício. A sociedade, através dos seus diferentes segmentos e suas opiniões, discute de quem é a culpa e o que fazer com aqueles que violam as leis. Enquanto isto, aqueles que fizeram suas escolhas pelo mal, seguem matando, roubando, estuprando e violando de todas as formas as leis que regem a convivência humana. Em relação aos chamados menores de idade, por exemplo, as coisas ficam extremamente confusas. Cada país tem sua própria maneira de avaliar e punir os jovens pelo que fazem de mal. Em nosso caso especifico, nós brasileiros temos uma visão bastante benevolente e paternalista dos crimes cometidos por adolescentes criminosos. Acreditamos que eles não sabem o que fazem. Também acreditamos que alguns meses, ou dois ou três anos nas chamadas casas de reabilitação ou socioeducativas, vão fazer com que eles se tornem boas pessoas, respeitadoras das leis e dos direitos humanos. A realidade tem mostrado que isto é uma ilusão nossa. A maioria destes jovens caminha diretamente para se tornarem criminosos profissionais. Uma escolha quase sempre feita de livre e espontânea vontade, utilizando o livre arbítrio. Uma prova de que sempre é possível mudar e fazer a escolha do bem é o fato de que a maioria das pessoas se coloca no lado correto da vida, enfrentando gravíssimas dificuldades para se manter nesta escolha. Se a maioria pode fazer esta opção, mesmo a duras penas e com grandes sacrifícios, por que os outros escolhem o lado mal da vida e nele permanecem? Difícil responder. O futuro, com certeza, vai nos colocar diante de dolorosas e terríveis opções para estas questões. Num planeta sobrecarregado de bilhões de habitantes, com alguns destes bilhões passando fome e todo tipo de privações, com nações guerreando por fontes de água, o que a sociedade fará com aqueles que fazem a opção pelo crime e pelo mal? E você, amiga leitora, o que faria?


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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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