Das estrelas ao Novembro Azul, tudo é vida no jornal...

Para uma caçadora de cometas, o Caderno Light não poderia estar mais fascinante. Como sou uma bilaquiana, estacionei na capa e fiquei a "ouvir estrelas”. Expressar o encantamento nem sempre é missão das palavras, porque há momentos em que o silêncio basta. É como Baudelaire, que entendeu "a linguagem da flor e das coisas sem voz”.  Semelhante a Vinicius de Moraes, "entro logo em órbita no espaço de mim mesmo” para ampliar os conhecimentos com o professor Reinaldo Ivanicska. É interessante como algumas pessoas procuram Deus e não conseguem vislumbrar Sua presença na abóbada celeste. Quanto aos anjos, não seriam estrelas cintilantes? Tem gente até que vê São Jorge na Lua. Mas tudo isso é uma questão muito pessoal.  

Para se encantar com o céu é preciso ter um começo e creio que a partir deste Light, muita gente vai abrir os olhos e perceber que "desperdício” mesmo é ter "toda essa imensidão” e não se despertar para os "tetos estelares”. O envolvimento com o tema é altamente inflamável. E se, um dia, a ideia de Carl Sagan for levada a efeito, quero garantir minha vaga numa viagem espacial para traduzir, poeticamente, a grande aventura do Universo. "Muito além do espaço sideral”, com Antonio Fernando, vamos esperar 3001: a Odisseia Final, curtindo as maravilhas do céu friburguense. 

"Praça Encantada” — brilho e magia nas praças Getúlio Vargas e Lafayette Bravo Filho. Eis a surpresa que teremos para o período natalino. Com patrocínio do Instituto Francisco Faria, a cidade receberá uma decoração inesquecível. Emoções também para o lutador Edson Barboza, que ganhará o presentão de fim de ano, com o nascimento, na Flórida, de Noah, seu primeiro filho. Nas Sociais, chamou minha atenção o aniversário de Sérgio Tadeu Miranda. Eu tive um colega com esse nome, dos tempos do Ribeiro de Almeida, que nos ajudava a produzir o jornal O Mirim. Será ele mesmo?

"Cabrito bom não berra”, "matar a cobra e mostrar o pau” são alguns ditos populares em Há 50 Anos, para enfrentar os "dedos-duros” da "situação política”. A "redemocratização” do país estava a caminho e o povo voltaria a "escolher soberanamente”. Aprendemos a soberania das escolhas? — Bem, deixa pra lá, e vamos até a Rua Dr. Feliciano Benedito da Costa. Que relato espetacular sobre a sua vida! Das obras mais importantes, do homem "simples, alegre e festeiro” às cambalhotas no consultório sua história é fantástica e repleta de feitos memoráveis. 

Na primeira fase do projeto Sinfonia Brasil, a Banda Campesina Friburguense fez sucesso na Quadra da Unidos de Vila Izabel. Foi pena Martinho da Vila perder a oportunidade de participar em tamanho evento. E já que "é hora de pôr o pé na estrada”, com as indicações de Karine Knust ficou tão fácil programar uma viagem, que só nos cabe escolher o roteiro, arrumar as malas e aproveitar a vida.

 Uma página inteira de Impressões: "bastar-se a si mesmo” é coisa de gatos, é bonito, mas o ser humano é bicho de partilhar, de companhia, não tem jeito. "O tempo parou”, mas "Tempos Modernos” é o filme que não perde a validade e vive se reprisando nas telas da vida. Só não podemos reviver os "anos de chumbo”. "Onde vamos parar?” — na mesma insatisfação de Rui Barbosa? Que pena! "Quem irá nos salvar?” — A resposta carece de uma reviravolta nos sentimentos da humanidade. E a viagem prossegue pelo trânsito tumultuado em Editorial e talvez tenhamos, em breve,  a grande "batalha das vagas”. Isso não é uma vaga hipótese. É fato mesmo! 

Encerrando a viagem, o Ponto de Vista é um ponto de alerta. "Novembro Azul” é a campanha de conscientização sobre o câncer de próstata. Com depoimento assinado pelo doutor Rodrigo Barros, o apelo é no sentindo de "desmistificar a doença e combater o preconceito dos homens que ainda resistem a se submeterem ao exame da próstata”. "Salvar vidas através de um diagnóstico fácil e seguro” para ficar tudo azul de verdade!