Coragem e fé

A grande preocupação dos mais de cinco mil municípios brasileiros, que o diga os novos prefeitos, é a questão financeira. Dinheiro é o maior problema. Segundo informações da CNM, Confederação Nacional de Municípios, atualmente mais de quinhentos destes municípios estão em atraso no pagamento de servidores. Em relação a fornecedores de tudo o que um município precisa comprar, o atraso chega a oito meses.

Um ano muito mais difícil que outros, é o que aguardam os novos administradores, principalmente se levarmos em conta que com a edição de medidas econômicas para controle de gastos, a PEC dos gastos, os repasses da União serão congelados pela inflação do ano anterior por vinte anos, ou seja, as prefeituras terão que enfrentar suas despesas crescentes sem ajuda eficaz da União. Os especialistas em contas públicas dizem que o maior complicador da vida dos municípios brasileiros é a despesa com pessoal. Informes econômicos relatam que nas cidades com mais de duzentos mil habitantes, dobrou o número das que gastam acima do teto permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, sem que seus prefeitos tivessem a mínima responsabilidade por tal fato. Pois o grande vilão da história foi a queda na arrecadação municipal, devido à crise financeira nacional.

A população cresce rapidamente e a chegada de pessoas vindas de diferentes lugares do país para tentar sua vida em nossa cidade, muitos aposentados em busca de um lugar de bom clima e menos violência, só faz aumentar a procura pelos serviços municipais de saúde e educação, sobrecarregando um sistema já muito sacrificado. Mesmo com arrecadação em queda, a educação e a saúde precisam se manter ativas e capacitadas para absorver esta nova onda de gente que bate à porta do município, inclusive os que estão vindo de cidades próximas e buscam aqui se socorrer, principalmente na área da saúde. Certamente a mais cara entre todas, pois a sua inflação é muito maior que a inflação oficial.

O bom senso e a realidade aconselham que todos se associem em torno do novo gestor da nossa terra, Renato Bravo, de mãos dadas e pensando nas dificuldades que estão por vir. Certo de seu amor por nossa Friburgo, desejo-lhe saúde e paz!