Cada um é cada um! - 17 de maio 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Diz a ciência que cada ser humano é absolutamente singular. Não existem duas pessoas iguais. Começando pelas impressões digitais, utilizadas para identificar os indivíduos do ponto de vista legal, vamos passando por uma série de outras diferenças que deixam extremamente evidente esta constatação: cada um é cada um.

Nem mesmo nos gêmeos verdadeiros, aqueles que resultam na divisão ao meio de um ovo, possuindo portanto as mesmas características físicas, existe a igualdade completa.

Suas personalidades e comportamentos são diferentes, assim como suas maneiras de perceber o mundo e sua realidade; suas reações são diversas.

A incapacidade de entender esta verdade tem sido ao longo da existência da humanidade uma das grandes fontes de atrito entre as pessoas, de todas as nacionalidades e também no interior das famílias e das instituições.

Da mesma forma, tem sido causa de grandes violências físicas e morais, ao tentar fazer com que todos pensem e sintam da mesma forma.

Ignorar esta realidade continua sendo uma atitude destinada ao fracasso, uma questão de tempo. Um exemplo fácil de compreender é o que relato a seguir.

Na idade média, as condições culturais e religiosas da época levaram a uma crença de que as pessoas epiléticas, esquizofrênicas e portadoras de doenças mentais que alteravam seus comportamentos, estavam possuídas pelo demônio e por isto deviam ser condenadas a morrer na fogueira.

O tempo passou e a ciência demonstrou, com absoluta clareza, que elas eram simplesmente doentes mentais, e que não estavam possuídas por nenhuma entidade maligna. Hoje elas são cuidadas e tratadas, convivendo com suas famílias e com a sociedade sem maiores problemas.

Os grandes avanços da ciência, no estudo e na compreensão do genoma humano, prometem enormes surpresas para um futuro breve.

Algumas descobertas apontam para detalhes mínimos do comportamento e das atitudes de cada indivíduo que são, com certeza, condicionados por sua “programação” genética, se podemos falar deste modo.

Resumindo um pouco esta questão, podemos dizer que cada cérebro percebe e entende o mundo que o cerca do seu próprio modo.

Daí as grandes divergências de opinião e as constantes guerras entre pais e filhos, parentes, marido e mulher, etc...

Desde a forma de educar as crianças até o modo mais correto de administrar as finanças da família, tudo pode depender da forma como a mente percebe as coisas. De algum modo os genes sempre estão por perto. Recentemente, um renomado neurocientista afirmou, do alto de sua larga experiência, que até mesmo as opções sexuais do ser humano são geneticamente dependentes.

TAGS:
Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.