Acabada coisa nenhuma! - 31 de maio 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Uma crença muito antiga, e muito equivocada, ainda permanece como um fantasma que ronda e assusta a vida das mulheres depois dos quarenta anos.

Um exemplo disto foi um dialogo que assisti recentemente numa cena de novela na TV. Nela, uma mulher dizia para outra que se sentia acabada. Que a idade pesava demais nos seus ombros e que a tal da menopausa era realmente o fim da picada.

Chegou ao ponto de uma crise de choro.

Ainda bem que era apenas uma cena de novela. Mas, infelizmente, na vida real, no dia a dia de muitas mulheres, as coisas ainda funcionam desta maneira. Principalmente entre aquelas de menor escolaridade. É lamentável que ainda ocorram coisas assim.

Uma fase da vida feminina que pode ser de grande plenitude, repleta de atividades e que está carregada de experiências de toda uma existência.

É certo que este momento da vida do casal coincide com o esvaziamento da casa, com a saída dos filhos que partem em busca de suas próprias realizações.

Apenas este acontecimento já causa um grande impacto na mente da mãe, e se torna mais um peso em sua vida. Imaginem então que, além disto, a menopausa caia sobre ela como mais um dos golpes da vida, deve ser realmente uma situação extremamente dolorosa.

Os inconvenientes físicos que a diminuição das taxas hormonais acarreta na vida da mulher são bastante significativos. Alterações do sono, do humor, que pode passar a ser depressivo ou então agressivo, ou então permanecer alternando entre esses dois extremos. A sexualidade, que geralmente passa por uma fase de grande diminuição, o ressecamento vaginal devido a diminuição da atividade das glândulas de lubrificação e finalmente para completar o quadro, os famosos calores que os médicos chamam de fogachos.

Em tempos bastante antigos, o que os doutores da época dispunham para oferecer como alívio para suas pacientes era muito pouco ou quase nada, comparado aos dias atuais.

O que as mulheres tinham ao seu dispor era mesmo um leque para abanar o rosto e alguns chás que na verdade pouca ajuda ofereciam.

Uma grande dose de conformação era o que mais valia para cada uma delas, além, é claro, do apoio das mais velhas que já haviam passado por tudo aquilo.

Com as mudanças culturais, com a evolução rápida dos costumes e o tremendo progresso da farmacologia, colocando à disposição da medicina produtos seguros e muito eficientes, ficaram as mulheres livres daquele fantasma e de todos os sofrimentos que ele causava. Acabaram-se os calores, a libido melhorou, assim como o aspecto físico, graças aos modernos cremes e outros produtos de beleza disponíveis nas casas do ramo. Também a secura vaginal virou coisa do passado. As mulheres de nossa época, mesmo em menopausa, tornaram-se mais atuantes, dinâmicas e produtivas e muito encantadoras. Só fica mal quem quer ficar, pois os médicos estão ai para ajudar e eles têm nas mãos uma grande relação de bons medicamentos que ajudam a se tornarem melhores os seus dias.

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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