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A única coisa certa na vida é a morte! - 2 de novembro.
Finados são aqueles que se foram, que finaram, que tiveram fim, que terminaram sua vida terrena. Um dito popular diz que a única coisa certa na vida é a morte, todo o resto é imprevisível e imponderável.
O medo da morte só não é maior porque não se sabe quando e como ela chegará, mas ele permanece latente e silencioso bem lá no fundo de cada um, e pode ser um dos responsáveis por muitos dos sofrimentos emocionais e existenciais de todos.
O ser humano, como os demais existentes no planeta, possuem em sua estrutura genética um código de validade, uma espécie de programação do tempo de durabilidade.
O tempo de existência que cada um de nós terá dependerá, em parte, da herança genética, da sorte, e dos cuidados que cada um tenha com o seu corpo. Da genética não podemos nos libertar, estamos amarrados a ela para sempre. Se ela for boa, ótimo. Em caso contrário, estamos fritos.
Quanto à sorte, também nada podemos. Sorte é sorte, é como ganhar na loteria todos os dias. A única coisa sobre a qual temos algum controle são os cuidados com nosso organismo. O modo como o tratamos, o que comemos e bebemos, por aí afora.
Mesmo assim, nosso controle é relativo. Não sabemos que tipos de poluentes existem nos alimentos, que remédios foram usados no gado e nos frangos. Não temos como filtrar o ar que respiramos. Em relação à água que bebemos, apesar de tratada, contém cloro, necessário para eliminar germes nocivos, mas que também agride a delicada mucosa do tubo digestivo e dos rins. Por aí vocês já percebem que até mesmo cuidar do próprio corpo fica difícil.
Certamente, todos estes problemas, somados à poluição, à tremenda competição pela sobrevivência, ao estresse das notícias do dia a dia, se somam ao medo de morrer, que habita no fundo de cada um.
Cada povo encara a perda dos seus entes queridos de modo próprio. Muitos festejam a partida deles como uma libertação dos sofrimentos terrestres. Outros se fecham num luto lamentoso e prolongado. Alguns filósofos chegam a dizer que as religiões surgiram como uma resposta humana para a morte.
Seja de que modo for, a perda, o afastamento daqueles com quem convivemos por longos anos, será sempre doloroso. Este dia dos finados, dos que se foram, é sempre uma oportunidade que a vida nos oferece para refletir, para rever rumos e objetivos da nossa caminhada, para questionar se é isto mesmo que queremos, se verdadeiramente vale a pena. Disse um grande poeta brasileiro que: “na verdade as pessoas não morrem, elas ficam encantadas.”
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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