A saída, onde está a saída?

sábado, 31 de julho de 2010

Ao contrário do ser humano, os demais habitantes do planeta Terra causam danos mínimos. Comparados a nós, seriam como uma gota no oceano.

Como a economia que rege o comércio mundial é guiada pelo lucro, as grandes empresas procuram através da propaganda e de um marketing esperto convencer a todos os interessados, ou não, que o seu produto é o melhor.

Sejam estes produtos automóveis, geladeiras, motocicletas, roupas, alimentos ou qualquer outro.

No caso específico dos veículos movidos a gasolina, diesel, álcool ou gás, que somados representam hoje uma frota de 800 milhões unidades despejando toneladas diárias de gás carbônico, aquele mesmo que você esta pensando, que polui o ar, entra pelo nosso nariz e irrita os pulmões, queima os nossos olhos, e pior ainda, causa uma elevação da temperatura do meio ambiente.

Tudo isto já está mais do que debatido e discutido em todos os meios de comunicação, que tenho certeza que as leitoras e leitores já sabem de cor e salteado.

Só os nosso vizinhos da America do Norte possuem a metade da frota mundial e são os maiores consumidores de petróleo.

Sem falar na destruição em nível planetário, provocada pela queima de todo este óleo, a vida de todos aqueles que residem nas cidades inclusive a nossa querida Friburgo, está se tornando cada vez mais difícil. Nem é preciso dizer, pois vocês sentem na própria pele, a dificuldade que é conviver com tantos automóveis, caminhões, ônibus, motocicletas, num espaço tão pequeno que é o centro e as ruas adjacentes.

Em 1940, existiam licenciados em nossa cidade aproximadamente 900 veículos, entre automóveis e caminhões e ônibus.

Hoje temos qualquer coisa em torno de 70 mil veículos, se me ajuda a memória. Neste tantos anos,exatamente 70 anos, a frota cresceu absurdamente enquanto as ruas, ou seja o espaço urbano, são quase as mesmas.

Fica então a pergunta, como distribuir tantos veículos em tão pouco espaço?

Depois da casa própria, parece que o maior sonho de todas as pessoas é ter o seu carro.

De um lado, as autoridades responsáveis pelo transito fazem das tripas coração, tentando encontrar uma forma de resolver este verdadeiro nó. Do outro lado, todos querem botar nas ruas o seu carro ou moto, ou seja lá que veiculo for.

A lentidão e a confusão no trafego das cidades do mundo, é uma realidade inegável pois salta aos olhos. As soluções apresentadas são muitas, mas a maioria tem dado poucos e insatisfatórios resultados.

Fica evidente que do modo como estão as coisas, será impossível encontrar uma saída que satisfaça a todos e que preserve a natureza.

Londres, maior cidade da Inglaterra, resolveu radicalmente a questão. Investiu muito no transporte coletivo de boa qualidade e fechou o centro da cidade para os automóveis: quem quiser transitar pelo centro e ruas adjacentes, paga por dia um modesto pedágio de 25 reais.

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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