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7 anos: o tempo que a maioria leva para descobrir a doença
A próxima segunda-feira, 14, será o dia internacional de combate ao diabetes. Uma das doenças que mais cresce em todo o mundo, segundo as estatísticas. Atinge em torno de 9% a 10% da população. Se fizermos uma conta simples e aproximada, calculando nossa população friburguense perto dos 200 mil habitantes, podemos dizer que temos aqui cerca de 18 mil pessoas diabéticas.
Com certeza metade desta gente nem sabe que está doente, pois leva perto de sete anos até que a maioria descubra a doença. Da outra metade, a que sabe estar diabética, somente 50% leva a sério a questão e se cuida sob orientação médica correta. Dividida em dois tipos, o 1 e o 2, sendo o primeiro o que atinge as crianças e o segundo o que afeta mais os adultos.
O tipo 1 é mais relacionado à herança familiar e o 2 aos hábitos de vida. Nos dias de hoje este segundo é o que mais cresce. Abusos alimentares levando a um corpo obeso está quase sempre associado ao problema. A doença diabética tem uma caminhada silenciosa e sem dor, mas ao longo do tempo vai deixando um rastro de destruição por dentro do corpo humano.
Sabem muito bem disto todos os que descobriram o diabetes tardiamente. Estes em sua maioria foram a algum médico em busca de resposta para queixas relacionadas a perda de peso rápida e sem explicação, dificuldades com os olhos, infarto cardíaco súbito, perda da ereção e problemas com os rins.
Mulheres, por exemplo, indo ao ginecologista por repetidas crises de infecção por fungos na cavidade vaginal recebem do médico a informação que devem estar diabéticas, o que acaba sendo confirmado por exame de sangue, simples e fácil de fazer.
Conviver com a doença de modo correto exige muito esforço da pessoa afetada. Abrir mão de muitos hábitos errados de alimentação, perder peso, no caso da maioria, passar a praticar atividades físicas com orientação de profissional da área são alguns dos requisitos básicos para conviver melhor com o diabetes. Seguir um cardápio programado por nutricionista é outra dica. Todos esses são os passos corretos no caminho de uma vida saudável, mantendo controle sobre sua taxa de açúcar no sangue.
Um dos problemas mais dolorosos do diabético é o chamado pé diabético. Esta parte do corpo, suportando todo o seu peso, começa a ser uma das primeiras regiões a sofrer os entupimentos nas suas pequenas artérias que levam o precioso oxigênio que vai manter os tecidos daquela área vivos e saudáveis. Sem ele as células morrem e as infecções tomam conta do local.
É muito frequente que diabéticos mal controlados sofram amputações de dedos e até mesmo de pés e pernas por causa da doença. Seu risco é maior se você tem pais e irmãos diabéticos, se está muito gordo e tem hábitos errados de alimentação.
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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