O designer Wagner Marquette falará ao público da Fevest 2009 no Talk Fashion da próxima terça-feira, dia 7, às 16 horas. Na palestra que preparou, pretende compartilhar com o público sua experiência como designer e seus profundos conhecimentos de modelagem, além de questionar alguns argumentos da moda atual. “Afinal, o que é tendência?”, indaga ele.
O trabalho de Marquette dispensa adjetivos, dada a sua eloquência. Mas o termo “arquiteto da lingerie”, utilizado pela jornalista Cilene de Castro para descrever o estilista em matéria na WorldFashion não poderia ser mais preciso. Veste como um body sensual e confortável numa silhueta perfeita.
Designer com especialização em modelagem, sua relação com a lingerie é antiga. Autodidata, Wagner aprendeu fazendo. A paixão pela modelagem e pelas formas femininas resultou em um cuidado especial na forma final de sua coleção lançada no ano passado, quando tornou público o seu trabalho de estilista. “Todo meu processo criativo é feito em cima da modelagem. Crio enquanto vou modelando a peça”, explica.
Além da própria marca, que leva seu nome, o estilista está à frente das coleções de empresas de diferentes perfis no mercado de lingerie. Hoje, novamente radicado em Nova Friburgo, esse workaholic assumido viaja constantemente, inclusive para a China, e mantém vínculos profissionais em diversas regiões, dentro e fora do país.
Suas coleções nascem fruto da experiência com marcas fortes de lingerie e de outware por mais de duas décadas. “Trabalhei em uma multinacional durante 10 anos e aprendi muito sobre esse universo de requinte com profissionais alemães”, conta ele.
Apesar de ter fechado a loja que mantinha na saída da cidade, o designer continua produzindo em Nova Friburgo, cidade que escolheu para morar. No mesmo endereço, mantém seu atelier para atender à clientela e passa o tempo disponível criando, antes de se refugiar na propriedade que mantém no bairro do Cônego.
“Para mim, Nova Friburgo é a capital da lingerie no Brasil. Não apenas por vender ou faturar mais. Eu falo da tradição desse polo. São mais de três décadas de exercício nesse universo, o que faz Nova Friburgo ser o que é. Está acontecendo uma coisa muito interessante aqui, que é o movimento da segunda geração desses pioneiros que começaram o polo de Nova Friburgo. Muitas marcas com tradições familiares estão se profissionalizando e o resultado disso é a nítida evolução”, declara.
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