No longínquo ano de 1945, nesta mesma data, 7 de abril, teve início a jornada de um veículo noticioso que, superando obstáculos de toda a natureza, chega a 7 de abril de 2017 com total vigor. São 72 anos em plena forma física e a mente aberta. Ao longo das décadas, as conquistas foram uma constante, desde a formação das equipes e modernização da estrutura, com aquisição de equipamentos e renovação de profissionais. De semanário passou a trissemanário, e depois, diário, periodicidade que mantém até hoje.
Das gloriosas máquinas de escrever aos computadores, não foram poucas as mudanças e conquistas, as batalhas enfrentadas, entre perdas e ganhos, ao longo de cinco décadas. Depois de atravessar meio século, chegamos a 1994, quando foi criado o caderno Light — recentemente substituído pelo tabloide Caderno Z, com uma nova roupagem e conteúdo. Em 1997, a direção não perdeu tempo e passou a noticiar os principais acontecimentos da cidade também através de uma nova plataforma digital: o site www.avozdaserra.com.br. Dois anos depois, a cor invadiu suas páginas e tornou a leitura ainda mais agradável. Desde então, a empresa não parou mais de oferecer seu conteúdo através de novidades tecnológicas, como o Facebook, WhatsApp, Instagram, Twitter.
E as novidades não param. Neste fim de semana iremos veicular em nosso site o primeiro vídeo produzido com uma matéria especial do jornalista Alerrandre Barros sobre o reaparecimento do pássaro “pixoxó”, que não era visto na região de Salinas há sete anos. A matéria será publicada sábado, 8, e a estreia dos vídeos é o presente que A VOZ DA SERRA escolheu para oferecer a Nova Friburgo em comemoração ao seu aniversário.
De Américo para Laercio…
Um dos fundadores e patrono de A VOZ DA SERRA, Américo Ventura Filho era um homem incomum e talentoso, com o sangue de pioneiro nas veias. Ético e de moral ilibada, acreditou no sonho e o levou adiante, por sua própria conta e risco. Sentia um imenso e justificado orgulho do jornal, exigindo que ele fosse coerente com sua forma de pensar, crítico e sempre em defesa dos ideais de Nova Friburgo.
Redigia as matérias com um estilo arguto, inconfundível e uma capacidade extraordinária de reconhecer uma notícia antes mesmo que sua importância fosse notada por outra pessoa. Américo ficou à frente do jornal até sua morte, em 23 de fevereiro de 1973, quando assumiu o filho Laercio Rangel Ventura. Homem simples e modesto, Laercio foi sempre avesso a badalações. Mesmo assim, recebeu importantes homenagens, como a comenda Barão de Nova Friburgo, concedida pela Câmara Municipal, e a Medalha Tiradentes, a maior honraria do Legislativo Estadual. Dirigiu o jornal por 40 anos, com a mesma bravura e dignidade do pai. Sintonizado com os novos tempos, foi sensível às mudanças na imprensa, adotando novos conceitos para modernizar e impulsionar o jornal. Trabalhou, incansavelmente, até o último dia de sua vida, 3 de fevereiro de 2013.
Com sua morte, assumiu a direção sua filha Adriana Ventura, tendo como braço direito o filho Gabriel Ventura Braga, vice-diretor. Em 2016, com a mudança para a nova sede na Avenida Comte Bittencourt, 114, um novo tempo vem sendo trilhado, com a mesma garra e determinação. Afinal, numa época de constantes transformações na mídia, com acesso a todo tipo de informação e liberdade de expressão garantida a qualquer indivíduo, há que se reinventar, todo santo dia, para sobreviver. É graças à luta diária, empreendida pela direção e toda a equipe que hoje podemos festejar mais um ano de existência. Parabéns, A VOZ DA SERRA!
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