DADOS DA Justiça Eleitoral apontam que vem caindo o número de eleitores e candidatos com menos de 20 anos desde que o tribunal começou a contabilizar os dados, em 1992. Com vistas a mudar os números registrados, o TSEs e os TREs lançaram campanhas publicitárias e promovem projetos para incentivar os mais novos a se alistarem.
A APATIA dos jovens pela política vem se revelando num novo problema do país e num enigma para os candidatos. As campanhas motivacionais não são suficientes para ligar o jovem ao voto. Desinteresse ou desilusão com o desempenho dos nossos políticos, dentre os quais o mais negativo é a corrupção, afastam os jovens das urnas eleitorais.
A AVALIAÇÃO do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que o desinteresse deve ser combatido com a força do voto, voltado principalmente para as causas sociais e planetárias. Neste aspecto, os jovens não têm por que se desmotivar. Num país cheio de contrastes sociais, as mudanças só poderão ocorrer com a participação do eleitorado jovem votando nas propostas que reequilibrem tais contrastes.
TORNAR O voto um exercício de cidadania é o que propõem as autoridades eleitorais e esse mote deveria ser compartilhado também pelas autoridades municipais, que podem encontrar na juventude um caminho certo para uma participação maior na vida comunitária. É preciso, pois, convencê-los, a não desistir e combater as desigualdades com a mudança no poder.
CAMPANHAS divulgadas pelo TRE, como as que estão sendo veiculadas atualmente, elevam a importância da juventude no processo eleitoral. Porém, mais que o convencimento da propaganda oficial é a mobilização partidária de quem pode oferecer novas opções aos jovens, quer pelo engajamento partidário, quer pela demonstração de questões de políticas públicas que sensibilizem a juventude, dentre elas, o esporte, a educação, a cultura e o meio ambiente, sem falar no combate à corrupção.
NOVA FRIBURGO não pode excluir a juventude do processo eleitoral. Para romper este desafio, os candidatos precisam estar ligados a temas que falam diretamente à juventude e ofereçam perspectivas de crescimento profissional e pessoal. De nada adiantarão as promessas genéricas, sabidamente desinteressantes, e que não conseguem atrair os jovens. O município não pode perder a oportunidade de mudar também o seu perfil eleitoral. Em nome do futuro.
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