As turbulências na economia mundial parecem não ter afetado o otimismo dos brasileiros, em especial no que diz respeito ao Natal. É o que revelam pesquisas de algumas consultorias especializadas, apontando aumento nos gastos com presentes deste ano. Com base nisso, a reportagem de A VOZ DA SERRA foi às ruas ouvir opiniões sobre as expectativas para o Natal deste ano e a previsão de gastos.
“Não estou muito animada e sim desesperada com o preço das coisas. Vou manter os mesmos gastos do ano passado e comprar presentes em torno dos R$ 30.”
Daniele Gomes, 28,
designer gráfica, Chácara do Paraíso
“Claro que estou animado, principalmente para comprar presentes para os meus netos. Claro que não vou extrapolar o meu orçamento, mas Natal é Natal, uma festa muito bonita que merece ser comemorada com a família. Vou gastar um pouco mais do que no ano passado. Acho que todo brasileiro é meio mão aberta nesta época.”
Ney Sampaio, 64, profissional liberal, Vila Nova
“Para mim o Natal é uma festa com sentido cristão muito rico. Para nós, de Friburgo, que tivemos um ano tão difícil, será uma festa da esperança, aquela que se coloca em movimento para fazer as coisas acontecerem. Em minha opinião, os presentes têm valor e significado muito além do custo e devem ter como base o afeto com o outro. Nesta época o consumo às vezes se transforma em ostentação e exagero. Nada contra, porque o consumo move a economia, mas precisamos resgatar o sentido do Natal, que vai muito além das compras. Claro que é época de dar presentes sim, mas não pretendo gastar mais do que em 2010, até porque tivemos um ano de muitas campanhas solidárias. Acho que, acima de tudo, Natal é tempo de celebrar o nascimento de Jesus e de resgatar valores como a amizade e o amor ao próximo.”
Geni Nader Vasconcellos, 64, professora, Centro
“Estou animado com o Natal, que é uma festa que merece ser comemorada pelo seu significado cristão. Além do sentido religioso, também não abro mão de presentear as pessoas queridas e devo gastar uns dez por cento a mais do que no ano passado, para compensar o aumento dos preços.”
Antônio Carlos Lopes (Queixinho), 58, aposentado, Vila Amélia
“Este ano não estou muito empolgado com o Natal devido aos problemas que tivemos na cidade e que prejudicaram nossa economia e o poder aquisitivo dos friburguenses. Trabalho com eventos e estou sempre em contato com o comércio, que teve uma queda no movimento. Também percebo que a condição financeira das pessoas caiu, porque muita gente perdeu o emprego ou está tendo que pagar aluguel. Apesar disso, não vou deixar de comprar presentes para minha namorada e a família e devo gastar um pouco mais que no ano passado.”
Douglas Canto, 36, produtor de eventos, Cônego
“Acho que o que aconteceu em janeiro deixou todo mundo desanimado para este Natal. Eu também estou e pretendo gastar menos do que no ano passado, porque as coisas estão mais difíceis, infelizmente. Gostaria que fosse diferente, mas percebo que os friburguenses, em geral, estão mais cautelosos.”
Rose Carla Carvalho Boeta, 42, cabeleireira, Bairro Ypu
“Estou otimista com este Natal e só estou esperando meu 13º salário para terminar as compras, mas devo gastar um pouco mais que no ano passado. Por enquanto já gastei R$ 500 só com a minha filha.”
Alan de Vries, 33, agente de trânsito
“Sinceramente não estou otimista com este Natal e acho que isso é geral. Até o movimento nas ruas está mais fraco este ano. Pretendo gastar menos que em 2010, porque não quero ficar desprevenido caso algo aconteça no próximo verão. Não é questão de ser negativo, mas de ser precavido.”
Assef Pedro, 37, vendedor, Cordoeira
“Não estou nada animada e vou gastar o menos possível este ano. O salário está menor e o início do ano costuma ter muitas despesas. Sem contar as incertezas que ainda temos com relação ao que pode acontecer. Por isso é sempre bom economizar para alguma emergência.”
Gilcimar Cabral, 43, funcionária pública, Jardim Califórnia
“Adoro esta época do ano e faço questão de presentear as pessoas que gosto. Devo gastar mais do que no ano passado, porque Natal é uma data que justifica dar presentes especiais.”
Maria Helena Ferreira da Silva, 68, aposentada, Mury
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