Você acha que o sistema de sirenes será eficiente para prevenir novas fatalidades?

terça-feira, 20 de setembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Amine Silvares

O sistema de sirenes pode ajudar a evitar novas fatalidades em Nova Friburgo. Com a emissão de alertas avisando que chuvas fortes estão por vir, as pessoas terão tempo de deixar suas casas e procurar abrigos seguros. A medida necessita de outras ações, como o treinamento da população e a construção de abrigos capazes de receber as muitas pessoas que moram em áreas de risco e devem sair de suas casas caso os alarmes soem. A reportagem de A VOZ DA SERRA foi às ruas para saber se a população está confiante de que esta medida ajudará a evitar mais mortes.

“Acho que é útil, uma boa forma de avisar às pessoas que elas correm risco iminente de desmoronamentos, mas não resolve a situação. É preciso fazer mais.”

Diego de Rivera, 35 anos, enfermeiro, Centro

“Acho que pode dar certo, com certeza. Já foi provado que em outros lugares, como Areal, que a população foi beneficiada. É mais uma medida que pode ajudar a evitar mortes desnecessárias, mas precisamos de mais iniciativas.”

Ricardo Matos, 43 anos, comerciante, Cordeiro

“Eu acho que deve funcionar. Não é uma questão de poder ou não, e sim, uma obrigação. Deve funcionar. Daqui pra frente, teremos sempre mais situações como essa de janeiro. O que nós damos à natureza, ela nos devolve e devolve em dobro. Teremos chuvas mais fortes e mais quedas de encostas, sempre mais fortes. Precisamos nos prevenir, isso tem que funcionar. Só que para funcionar, vamos ter que fazer ensaios, preparação da população, senão vira um caos. Caso contrário, você escuta a sirene e corre para onde? No Rio eles estão fazendo ensaios nas favelas, treinamentos com a população”.

Pastor Müller, 69 anos, Centro

“Acredito que isso não vai funcionar, a não ser que seja implantado em todos os bairros. Se não colocarem sirenes por toda a cidade, acho que a população que mora nas localidades distantes não vão escutar. Esse sistema tem que ser implantado em Nova Friburgo inteira.”

Fernando Nunes, 26 anos, gerente de vendas, Mury

“Acho que não vai funcionar, pois as pessoas ainda não estão preparadas. Sem um treinamento prévio, isso não pode dar certo. Não pode ser só a implantação de um sistema de alerta, tem que vir uma infraestrutura mais completa, tem que haver uma conscientização maior da população, se não, não vai funcionar.”

Nádia Santos, 60, comerciante, Centro

“Estive pensando sobre isso, mas tenho um pouco de medo, um pouco de receio deste sistema. Acho que isso pode acabar criando um grande tumulto e isso me preocupa. Acho que deve haver um grande treinamento da população pra poder funcionar direitinho.”

Maria Inês, 69 anos, professora, Olaria

“Eu acho que é uma medida positiva, pois é mais uma atitude pra prevenir uma nova tragédia. Temos que ter mais ações assim porque se não, como a gente vai saber o que pode acontecer? Esse sistema de sirenes vai ajudar sim, fortalece a população. Se já houvesse esse sistema de alerta na tragédia de janeiro, muitas mortes poderiam ser evitadas. A ideia é boa e vai ajudar muitas pessoas. E é preciso haver um treinamento, pra passar pra população como deve se agir nos momentos de pânico.”

André Luis da Silva, 36 anos, vigilante, Vila Amélia

“Acho que não vai funcionar, acho que não vai dar tempo para as pessoas saírem de suas casas. Isso só vai deixar a população mais alarmada, as pessoas vão ficar apavoradas, vai gerar pânico. Se houver um treinamento, pode até ajudar, mas tem que ser com todo mundo, não só um grupo de pessoas.”

Maralice, 17 anos, auxiliar de produção, São Geraldo

“Acho que a medida vai funcionar. Assim que as pessoas escutarem o alarme, elas vão poder sair de casa a tempo de se salvar. E é necessário haver outras ações preventivas, como o treinamento da população.”

Alex Freire, 33 anos, metalúrgico, Cordoeira

“Acho que isso vai funcionar, mas a população precisa se acostumar com a sirene. Com isso, podiam ter evitado que a tragédia de janeiro tivesse consequências grandes como teve. Não vai ser o suficiente, será necessário treinar a população, além de implantar outras formas de prevenção, mas vai ajudar bastante.”

Priscilla Ouverney, 23 anos, técnica, Cordoeira

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