Quando se fala a palavra moda, o que lhe vem à cabeça? Roupa, desfile, tendência, modelos, e todo esse aparato que pra muitos é tido como fútil?
Essa semana aconteceu o São Paulo Fashion Week e por trás deste grande evento existem cenógrafos, DJs, carregadores, jornalistas e mais um tanto de profissionais que estão ali ganhando seu dinheiro dignamente. Um dia, quando ainda tinha um quadro no programa do Victor Diniz aqui em Friburgo, uma pessoa me ligou e começou a me ofender dizendo que moda era uma futilidade, que tanta coisa acontecia no país pra eu perder meu tempo e fazer as pessoas perderem também pra ouvir aquilo. Na mesma hora, respondi sem menor pudor dizendo que, no Brasil, o terceiro maior ramo empregatício é o da indústria, que mesmo indiretamente a moda gera vários empregos, e que a cada dia as atividades em torno deste setor crescem mais. Quantas pessoas, além das que ficam comentando das suas bolsas de grife e roupas caras compradas na boutique, sustentam suas famílias com a moda, crescem e constroem patrimônios com a moda? Será mesmo fútil?
O que as pessoas não entenderam ainda é que com eventos como esse, pessoas aparecem (modelos, maquiadores, fotógrafos, stylists), marcas aparecem e crescem e se consagram. Quem deixa o país pra trás deixa também oportunidades, que outros aproveitam. Que você pode aproveitar!
Em Friburgo existe a Fevest. Você já se perguntou quantas pessoas estão ali ganhando seu dinheiro, mesmo que não sejam profissionais da moda? Limpeza, manutenção, eletricistas, montadores, olha quantos citei e nenhum deles trabalha com moda. Empresários, invistam. Incentivem a circulação da renda, o comércio. Empreguem. Quem tem um pouco de dinheiro, sempre compra. Vocês não precisam vender?
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