Vilage se inspira na bíblia para reverenciar José, um poderoso no Egito através da fé

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
por Jornal A Voz da Serra
Vilage se inspira na bíblia para reverenciar José, um poderoso no Egito através da fé
Vilage se inspira na bíblia para reverenciar José, um poderoso no Egito através da fé

Sonhos e muita fé. Nesse binômio todo mundo tem que acreditar. E a Vilage no Samba encontrou uma forma muito bem humorada para convencer a população disso com o enredo A saga de José: Rei dos sonhos, príncipe da fé que retratou a história do filho predileto de Jacó. Alvo de inveja dos irmãos, ao conseguir interpretar os sonhos do Faraó, pela fé, tornou-se o salvador do país passando a ser reverenciado pelos hebreus no Egito antigo. Essa trajetória milenar ganhou corpo e forma a partir da mais popular das deusas egípcias, Ísis, homenageadas pelas 11 bailarinas da verde e branco de Duas Pedras na comissão de frente abrindo caminho para um desfile cheio de requinte, efeitos especiais e alegorias imponentes que impressionaram.

O povo de José, os hebreus; as riquezas do Egito, representada pelas baianas, e do Rio Nilo, simbolizada na evolução do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Betão e Alexandra, abriram caminho para a mostra do império faraônico na primeira alegoria. Aos passistas da agremiação coube representar em clima de folia os ismaelitas, sacerdotes egípcios, oficiais e conselheiros do Faraó, soldados egípcios, guardas reais e a chegada dos hebreus ao palácio real. A Vilage inovou mais uma vez ao trazer para o Carnaval friburguense atrações antes vistas somente nos desfiles do Rio de Janeiro. O desfile do segundo carro alegórico Os sonhos de José contou com coreografias intercaladas dos faraós e dos egípcios que ora apresentavam-se no chão, ora sobre a alegoria. Um show à parte na Alberto Braune.

A agremiação historicamente mais premiada no Carnaval friburguense também exaltou o sonho de liberdade acalentado pelo povo do Egito e a sua impressionante força da fé. Sob a batuta do mestre Riquinho, 130 ritmistas endeusaram José do Egito puxando representações dos sete anos de riqueza e pão proporcionados ao egípcios pelo homenageado no enredo. Foi o período das vacas gordas representada por uma ala inteira da escola. A fartura ganhou destaque ainda maior na terceira alegoria. Mas o desfile mostrou que nem tudo foi felicidade para o povo egípcio e, assim como na vida atual, os tempos difíceis surgiram com passistas que simbolizaram as tormentas (tempestades no deserto, miséria, aflição e fome).

O Faraó, poderoso por natureza, ganhou imponência gigante no desfile da Vilage numa das alegorias que abriu caminho para a mostra da primavera no deserto. Afinal, como quis representar a comissão de carnaval da verde e branco, ‘depois da tempestade, sempre vem a bonança’. A demonstração de fé e esperança em tempos melhores vieram com Bruno e Cassiane, segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, os passistas símbolos da perseverança e da paz e a celebração a Jacó, pai de José no carro Reencontro da família.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade