Na manhã de sábado, 15, os moradores do bairro Vilage participaram do Exercício Simulado de Preparação de Desastre (SPD). O treinamento aconteceu na cidade de forma simultânea com os moradores do Morro da Oficina, em Petrópolis. O objetivo da ação foi capacitar a comunidade residente em áreas de risco para atuar preventivamente em situação de desastre.
Integrantes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Cruz Vermelha estiveram no Ponto de Apoio instalado na praça do bairro fazendo um trabalho em equipe e acompanhando o processo de cadastramento e distribuição de kits para os moradores com camisa, lanterna e capa de chuva. De acordo com o secretário de Ordem Urbana, Hudson Aguiar, “o objetivo desse acontecimento é preservar vidas e conscientizar a população da importância desse simulado”, ressaltou.
O observador da Universidade Federal de Santa Catarina, Alexandre Lucas Alves, que também é coronel da PM de Minas Gerais estava na cidade fazendo observação dos pontos positivos e negativos para estudos que servirão de apoio para outras cidades.
Este evento fez parte da programação da Semana Nacional de Redução de Desastres. O coordenador da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Alziro Alexandre Gomes, disse que o principal objetivo da ação é “elevar a percepção de riscos da comunidade”. Durante a manhã um carro de som circulava pelas ruas do bairro pedindo que os moradores se dirigissem ao ponto de apoio. Lá, os moradores, através da Cruz Vermelha, puderam fazer aferição de glicose e pressão arterial.
Moacir Jandre, morador do Vilage, acha essa iniciativa correta, pois “o bairro precisa de apoio, mas nós também queremos um maior conhecimento das autoridades já que o bairro ainda está muito abandonado”, declarou. Já o presidente da Associação de Moradores do Vilage, João Carlos Rodrigues, conhecido como Roxinho, esse é um trabalho muito bonito e que se tivesse acontecido esse treinamento antes da tragédia em janeiro, teria evitado esse desastre. Ele diz também que “não esperava essa reação da comunidade, pois na reunião da Associação houve muita reclamação, mas acabou que a maioria aderiu à iniciativa”, completou.
A Cruz Vermelha também vai montar dez grupos de resgate comunitários em dez comunidades com estrutura completa de treinamento, uniforme e equipamento contendo pá, corda de 92m, arco com cerras para ferragens, ponteiro para quebrar concreto, lanterna, capa de chuva, facão e capanga com itens de primeiros socorros.
O coronel Emmanuel Palencia, comandante do 6º GBM de Nova Friburgo, argumentou que este evento é “fundamental para a segurança da comunidade que, treinadas, ficam menos vulneráveis”. Ele também disse que mais 20 comunidades de maior risco receberão treinamento teórico em novembro.
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