Vigilantes: sem acordo, greve continua e bancos não funcionam para o público

sexta-feira, 08 de abril de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Na última rodada de negociação dos vigilantes com representantes do Sindicato das Empresas Privadas de Segurança e Transportes de Valores na quarta-feira, 6, não houve nenhum avanço nas negociações e a entidade manteve a proposta de reajuste salarial de apenas 1,5% mais o acumulado da inflação no último ano para os vigilantes do estado. A categoria optou por manter a greve que completa hoje 17 dias. Os vigilantes pleiteiam 10% de aumento sobre o piso inicial de R$ 800 por mês mais o pagamento de adicional de periculosidade de 30% dividido em parcelas.

Devido a greve dos vigilantes, pelos menos 125 agências bancárias em 20 municípios fluminenses, inclusive Nova Friburgo, permanecem com o expediente suspenso ao público em cumprimento a uma lei federal que proíbe a abertura dos bancos sem a participação dos vigilantes. Aos clientes dos bancos resta apenas recorrer aos caixas eletrônicos que estão sendo reabastecidos apenas com dinheiro oriundo das movimentações financeiras internas, pois os carros fortes também não estão circulando. Contas com vencimentos neste período podem ser pagas nas lotéricas ou correspondentes bancários. Também estão sem vigilantes o fórum, Ministério Público, corregedorias e repartições públicas.

O presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança, Vigilância, Transporte de Valores, Cursos de Formação e Similares de Nova Friburgo e região, Manoel do Nascimento, informou que a Justiça do município negou um pedido de liminar solicitado pelo banco Itaú para abrir suas agências sob a alegação que os vigilantes em greve teriam promovido piquetes a fim de tentar impedir que os bancários trabalhassem.

— Enquanto não for feita uma proposta razoável que valorize a nossa classe que se expõe a qualquer sorte para trabalhar, não descruzaremos nossos braços. Insistir na proposta de 1,5% é zombar da gente — insiste Manoel, lembrando que ainda não foi marcada nova rodada de negociação com o sindicato patronal.

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