O vírus da gripe H1N1 chegou mais cedo a algumas regiões do Brasil e já matou 71 pessoas no país este ano; 42 só em São Paulo, sendo 30 na região metropolitana, onde a vacinação foi antecipada devido ao aumento dos casos da doença. A situação provocou também uma maior procura pela vacina em farmácias e clínicas particulares nas últimas semanas, em todo o país. Na sexta-feira, 1º, o Ministério da Saúde iniciou o envio aos estados da vacina para a campanha nacional contra a gripe de 2016, a ser lançada no próximo dia 30. Nas primeiras remessas, os estados receberão 25,6 milhões de doses, o que corresponde a 48% do total a ser enviado para a campanha deste ano, que vai mobilizar agentes públicos e população em todo o país.
Em Nova Friburgo, está prevista reunião da Vigilância Sanitária nesta semana com o objetivo de avaliar a situação na cidade e divulgar boletim com os dados coletados. A chefe do setor de imunização do posto de saúde Sylvio Henrique Braune, Ana Paula Lessa, confirmou o início da campanha de vacinação na data oficial definida pelo governo federal.
No entanto, tem sido grande a procura pela vacina nas farmácias, que ainda aguardam a remessa das doses encomendadas. “Fizemos os pedidos na semana passada e já deveria ter chegado, mas até agora, nada. De qualquer maneira, esperamos receber a mercadoria nos próximos dias. Já tem muita gente procurando, tanto pessoalmente quanto por telefone”, informou um funcionário de farmácia localizada na Avenida Alberto Braune, antecipando que o custo da vacina deve ficar entre R$ 80 e R$ 100, incluída a aplicação.
As vacinas da rede pública são trivalentes e protegem contra os vírus H1N1, H3N2 e o tipo B. Na rede privada, estão disponíveis também as vacinas quadrivalentes, com cepas para um outro tipo de gripe b, que circula nos Estados Unidos. A campanha contra a Influenza vai até o dia 20 de maio.
Sintomas da gripe
É difícil diferenciar a gripe causada pelo H1N1 de outra gripe. A preocupação maior é a Síndrome Respiratória Aguda Grave, que tem levado as pessoas a óbito. Os sintomas são: falta de ar, desconforto respiratório, aumento da frequência respiratória e queda de pressão. A pessoa que tiver tomado a vacina no ano passado tem que tomar de novo neste ano. “Primeiro, porque a própria proteção contra o H1N1, que está na vacina deste ano, e que é idêntica ao do ano passado, não é para sempre. Não é porque a pessoa se vacinou em 2015 que está protegido este ano. Então, é preciso renovar esta proteção. O segundo motivo é que os outros dois vírus que estão circulando este ano são diferentes dos do ano passado”, advertem especialistas.
Segundo os infectologistas, antes mesmo de os sintomas aparecerem, os indivíduos contaminados já estão transmitindo os vírus. “Tosse e espirro são formas eficazes de o vírus se propagar, pois nesses momentos partículas que contêm o vírus podem percorrer cinco metros de distância a uma velocidade de 150 quilômetros por hora. Porém, a transmissão também pode se dar simplesmente ao falar perto de uma pessoa, de uma distância de até dois metros. Outro alerta: máscaras comuns não barram as micropartículas. Portanto, além da imunização, é de extrema importância lavar frequentemente as mãos, utilizar lenços e colocar a mão na boca ao tossir e espirrar. Aos primeiros sinais de febre alta (acima de 38, 39 graus), dor muscular, de cabeça, de garganta ou nas articulações, é hora de procurar um médico”, alertam os médicos.
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