Amine Silvares
Varginha é um bairro calmo, cercado por uma bela paisagem de mata nativa. Apesar das reclamações, muitas delas de longa data, os moradores veem seus problemas sem solução ao longo dos anos, como um buraco antigo na Rua Leonino Dutra. A falta de ronda policial também deixa os moradores inseguros, apesar de não haver grandes ocorrências.
O Centro Municipal de Educação Infantil Emília A. Ferreira, a creche do bairro, está desativada há algum tempo e os moradores sentem falta do serviço. Em Varginha há ainda a Escola Municipal Juscelino Kubitschek, que atende alunos do ensino fundamental e precisa de reparos.
Outra grande reclamação dos moradores é a falta de uma área de lazer. Não existem parques, quadras poliesportivas ou uma praça. O único espaço disponível é um campo de futebol improvisado, sem iluminação, que fica na Rua Luiz Carlos Schuttz. É necessário sair do bairro para buscar opções de entretenimento.
A seis quilômetros do Centro, o bairro Varginha é bastante populoso. Para chegar lá, não é fácil. Nenhuma das vias de acesso está em boas condições. Os buracos estão por todas as partes, tanto pelo Parque Imperial, quanto pelas Braunes. Caminhando pelo bairro, encontramos ruas desniveladas, com asfalto partido e cheias de buracos.
O lixo se acumula em diversos pontos de Varginha. As lixeiras, quando existem, estão em péssimas condições, enferrujadas e caídas. Os moradores também não cumprem a sua parte e jogam muito lixo nas vias, gerando uma aglomeração de dejetos nos bueiros. O acúmulo de entulho também é comum, com manilhas antigas juntando mofo e água parada. As ruas periféricas também necessitam de serviço de capina.
Saúde em alerta
Em visita ao posto de saúde, os funcionários informaram que há diversos problemas que impedem que a população seja devidamente atendida. A falta de materiais básicos e remédios é comum, e muitos, quando chegam, já estão vencidos. Também foi relatado que, na falta de itens essenciais para o funcionamento do posto, são os próprios funcionários que compram os mantimentos necessários para realizar os serviços mais básicos.
O posto de saúde Horácio Odélio Verly está sem identificação e quando a reportagem visitou o órgão, não havia nenhum médico para realizar atendimentos. Os funcionários informaram que não há plantão, pois é um posto de saúde da família e funciona em um esquema diferente, contando com dias certos para receber os pacientes.
Dentre os principais problemas do posto, os funcionários se mostraram insatisfeitos com o tratamento que vêm recebendo do governo municipal. Não há carros para fazer atendimentos domiciliares, os funcionários não possuem uniformes, não recebem por insalubridade e há três anos não recebem aumento. “A pessoa que faz a faxina aqui ganha mais do que a maioria de nós”, relatou um dos empregados. Eles também afirmaram que não há nenhum tipo de incentivo público para especializações na área de saúde que possam melhorar o atendimento.
Em relação às reclamações, a Prefeitura foi contatada, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.
Deixe o seu comentário