Italiana, da cidade de Aquila, próxima a Roma, Fausta veio para o Brasil por causa da Segunda Guerra Mundial. "A situação da Itália, ou melhor de vários países da Europa, estava muito ruim. Vim como imigrante para Papucaia. Lá tinha uma grande colônia italiana”, conta ela, ressaltando que se casou por procuração com um italiano que já residia naquele distrito de Cachoeiras de Macacu. "Mandei um retrato meu para meus irmãos, que já estavam aqui. Eles mostraram para um amigo que gostou de mim e casamos. Depois eu vim”, conta Fausta. "Mas o casamento deu certo!”, ressalta ela, afirmando ser uma pessoa de fácil convivência: "Tenho meus defeitos, claro, mas procuro viver da melhor maneira possível”.
O marido também foi a causa dela se dedicar à pintura. Ele ficou onze anos com Alzheimer e, para se distrair, ela começou a pintar. "Minha família tem história nas artes plásticas. Meus antepassados têm obras na Galeria de Bolonha e na Pinacoteca de Monte Cassino”, enfatiza. "Quando meu marido ficou doente, procurei alguma coisa para passar o tempo e comecei a pintar. Não parei mais, mas agora... Não sei, talvez Valores Escondidos seja a minha última exposição. Vamos ver”, diz Fausta, que mora há 30 anos em Nova Friburgo (mas sempre que pode visita a Itália) e, além dos óleos sobre telas, tem trabalhos em porcelana e escreveu dois livros.
A abertura de Valores Escondidos acontece neste sábado, 23, na Usina Cultural Energisa (Praça Getúlio Vargas 55), a partir das 15h. A exposição vai até o dia 21 de dezembro, de terça a sábado, das 13h às 18h. Classificação: 18 anos (menores acompanhados pelo responsável).
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