A vacinação contra gripe H1N1 começará nesta segunda-feira, 25, em Nova Friburgo e também em todo o estado. Inicialmente serão imunizadas crianças de seis meses a 5 anos incompletos, gestantes e doentes renais crônicos. Já idosos, mulheres até 45 dias após o parto, profissionais de saúde, outros doentes crônicos, presos e funcionários do sistema prisional poderão ser vacinados somente a partir do dia 30 de abril. A campanha foi antecipada em cinco dias por causa do alarmante número de mortes provocadas pelo vírus em todo o país. A gripe H1N1 já matou 14 pessoas no Rio de Janeiro até o momento. A Secretaria estadual de Saúde informou na última semana que 42 casos notificados foram confirmados por exames laboratoriais.
De acordo com o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, os dados, por enquanto, descartam a possibilidade de epidemia no estado. “Parte significativa da população já está imunizada pelas campanhas anteriores. O número de casos, quando comparados com outros estados, como São Paulo, ainda é pequeno”, afirmou à Agência Brasil. “Estamos reforçando o alerta por conta da proximidade com São Paulo – onde já houve 100 mortes - e da aproximação do período de sazonalidade da doença”, disse Chieppe.
Em Nova Friburgo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os postos de saúde de Conselheiro Paulino, Olaria e Centro farão a imunização de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A unidade básica de saúde de São Geraldo realizará a vacinação nas terças e quartas-feiras, pela manhã. A UBS do Cordoeira e as demais unidades de estratégia de saúde da família também realizarão a imunização, mas as datas e horários ainda serão definidos.
Serão oferecidas 47 mil doses da vacina destinadas somente aos grupos de risco e doentes crônicos. Quem tomou a vacina no ano passado deve se vacinar novamente este ano. Para as mulheres até 45 dias após o parto, na hora da vacinação será solicitada comprovação da condição clínica e, para os doentes crônicos, a prescrição do médico que o acompanha. Para as crianças, são necessárias duas doses num intervalo de um mês entre elas.
Sintomas e prevenção
Os efeitos do vírus H1N1 costumam ser mais fortes do que o da influenza comum, a gripe. Além de febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga, existem pessoas que também apresentam diarreia e vômitos. Nos casos mais graves da doença, também são relatadas pneumonia e falência respiratória, piora de doenças crônicas já existentes e até a morte. A transmissão do vírus ocorre da mesma forma que a gripe comum, por meio de secreções respiratórias, como gotículas de saliva, tosse ou espirro. Segundo especialistas, uma pessoa com H1N1 pode transmitir o vírus no período de 24 horas a sete dias, após ser infectada, por isso é importante se proteger.
Para aqueles que já foram infectados pelo vírus H1N1, o tratamento deve envolver boa hidratação, repouso e uso do antiviral específico, prescrito pelo médico. Um deles é o Oseltamivir (mais conhecido pela marca Tamiflu), distribuído pela rede pública para hospitais e unidades de saúde. É importante que o paciente consiga tomar a medicação nas primeiras 48 horas do início dos sintomas, para que a eficácia seja maior. Para aliviar os sintomas, o tratamento também pode envolver o uso de analgésicos.
Dengue: já são 2.691 casos em Friburgo
Continua subindo o número de pessoas infectadas com a dengue em Friburgo. O boletim epidemiológico divulgado na última quarta-feira, 20, pela Coordenação Municipal de Vigilância Epidemiológica confirmou 251 casos a mais da doença na cidade. Já são 2.691 casos dengue este ano. O período com maior incidência de infecção pelo vírus até o momento foi entre 30 de março e o último dia 6, quando foram registrados 356 casos. Durante todo o ano de 2015, foram computados 180 casos. Ainda segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 58 gestantes podem estar com o vírus zika. As mulheres e as demais pessoas infectadas com dengue são acompanhadas por equipe médica. Não foi registrado casos de chikungunya no município.
No estado, o número de pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypti também cresce: já foram registrados 45.853 casos suspeitos de dengue no estado do Rio de Janeiro, com quatro óbitos pela doença confirmados. Desde a última semana também foram confirmados 328 infecções pela febre chikungunya, sendo que duas pessoas morreram pelo vírus. Os demais permanecem em investigação. E já são também 32.704 gestantes com suspeita de zika no estado.
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