A Secretaria estadual de Saúde (SES) divulgou na última segunda-feira, 5, o início da campanha de vacinação contra a febre amarela, com uma ação especial, onde será montada uma tenda para imunização em Botafogo, na zona sul carioca. Em Nova Friburgo, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a vacina já está disponível em todos os postos de saúde, mas que ainda está programando as atividades que serão realizadas para estimular a vacinação no município.
De acordo com a prefeitura, as ações devem ser divulgadas nos próximos dias, assim como confirmar o balanço atual do percentual do público-alvo já vacinado e a estimativa de pessoas a serem alcançadas nesta campanha. A vacina contra a febre amarela só não é indicada para bebês menores de nove meses, grávidas e pessoas com contraindicações especiais, como pacientes imunodeprimidos, com doenças hematológicas graves, entre outras.
A dose aplicada é a padrão, uma vez que a Secretaria estadual de Saúde já parou com o fracionamento da vacina. Sobre essa dose fracionada, a SES esclarece que as pessoas imunizadas não precisam se vacinar nesta nova etapa, porque já estão protegidas contra a doença. A expectativa estadual é de que a campanha alcance cerca de quatro milhões de pessoas, chegando a cobertura vacinal de 95%, como determina o Ministério da Saúde. Segundo a SES, até o momento, em todo o estado do Rio de Janeiro foram vacinadas 11 milhões de pessoas (73% da meta).
Nova Friburgo já registrou 16 casos da doença em 2018
Existem dois tipos de febre amarela: silvestre e urbana, ambas causadas pelo mesmo vírus e provocam a mesma doença, sendo a única diferença o vetor de transmissão. Os mosquitos Haemagogus e Sabethes são os transmissores da febre amarela silvestre, já a urbana é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Segundo o Ministério da Saúde, o país vem enfrentando casos da febre amarela silvestre apenas. Quanto a urbana, não há casos registrados no Brasil desde a década de 1940. A febre amarela silvestre é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida exclusivamente pela picada de mosquitos infectados. Os principais sintomas da doença são dor de cabeça, febre, amarelamento da pele, dores musculares e articulares, náuseas, indisposição, entre outras manifestações.
Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria estadual de Saúde, somente este ano, já foram registrados 262 casos de febre amarela silvestre em humanos, com 84 mortes. Em Nova Friburgo foram 16 casos da doença, sendo cinco óbitos.
Outros municípios da região também tiveram registros de febre amarela: 23 casos em Teresópolis, sendo oito óbitos; 14 casos em Duas Barras, com dois óbitos; 12 casos em Sumidouro, cinco óbitos; sete casos em Cantagalo, quatro óbitos; três casos em Cachoeiras de Macacu, um óbito; dois casos em Petrópolis, um óbito; um caso em Bom Jardim; e um em Guapimirim.
Apesar de haver registros de casos de epizootia em macacos, o animal é apenas uma vítima da doença, não sendo responsável por sua transmissão. No estado do Rio de Janeiro, também de acordo com o último boletim epidemiológico, foram confirmadas as infecções desses animais em 18 municípios: Angra dos Reis, Araruama, Barra Mansa, Cachoeiras de Macacu, Duas Barras, Engenheiro Paulo de Frontin, Itatiaia, Miguel Pereira, Mangaratiba, Paraty, Petrópolis, São Pedro da Aldeia, Silva Jardim, Tanguá, Valença, Vassouras, Volta Redonda e na capital.
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