UPA de Conselheiro: atividades serão reduzidas para manter funcionamento

Limitações estão sendo definidas de modo a reduzir custos de gerenciamento, gerando baixo impacto à prestação de atendimentos
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
por Márcio Madeira
Prefeitura espera não fechar a UPA. Diante da crise, o governador do estado em exercício, Francisco Dornelles, sinaliza passar a administração de todas as UPAs para os municípios. Em Nova Friburgo, é o que já acontece há mais de um ano  (Foto: Henrique Pinheiro)
Prefeitura espera não fechar a UPA. Diante da crise, o governador do estado em exercício, Francisco Dornelles, sinaliza passar a administração de todas as UPAs para os municípios. Em Nova Friburgo, é o que já acontece há mais de um ano (Foto: Henrique Pinheiro)

Os impactos da crise financeira que assola o Brasil — com efeitos bastante amplificados no estado do Rio de Janeiro — podem ser atestados de forma concreta em nossa esfera local através da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do distrito de Conselheiro Paulino. Enquanto há dois anos ainda falava-se na instalação de mais uma UPA no bairro Olaria, hoje o principal desafio do governo municipal que se encerra é manter abertas as portas da única UPA de Nova Friburgo, arcando há 18 meses com a parcela do custeio que cabe ao Palácio Guanabara.

O futuro próximo da UPA foi tema de questionamento ao prefeito Rogério Cabral na última quinta-feira, 6, diante do anúncio de nova onda de medidas voltadas a enxugar os custos de funcionamento da máquina pública. Perguntado sobre a continuidade dos serviços prestados pela unidade, Rogério confirmou que haverá reduções, para preservar a continuidade. 

“Chamei a empresa (Instituto Unir Saúde) para negociar. Estamos nessa fase de negociação, e a tendência é reduzirmos as atividades quase que pela metade, para não fechar as portas. Vamos cortar alguns serviços 24 horas, como odontologia, para não fechar. Nosso objetivo é manter todos os serviços funcionando”, avaliou o prefeito.

A reportagem de A VOZ DA SERRA também ouviu o secretário municipal de Saúde, Rafael Tavares, que descreveu cenário parecido. “A princípio não para nada. Na verdade nós continuamos fazendo muita ginástica para dar conta dos pagamentos. Estamos discutindo com o Instituto Unir, até mesmo porque não é justo deixar de pagar o valor integral e continuar a exigir um serviço de excelência, da forma como sempre foi. Estamos discutindo toda essa situação para que possamos nos adequar da melhor forma possível a uma fase orçamentária difícil, buscando meios para que a população não seja afetada de forma significativa. O que não dá mais é para a gente continuar dispensando os recursos todos sem receber a parte que cabe ao estado. O município já chegou ao seu limite, e o prefeito tem tomado diversas decisões voltadas a garantir o salário do servidor público, de todo o funcionalismo. Não é justo a gente ficar arcando com toda essa ineficiência e problemática financeira do estado. Ainda assim, nosso objetivo é manter todas as atividades em funcionamento, até mesmo porque ainda estamos com o CTU do Hospital Raul Sertã em obras, e lidamos com uma série de situações nas quais precisamos da nossa UPA. Portanto, com certeza haverá reduções na prestação de serviços, mas não a extinção desses serviços”, sustentou Rafael Tavares. 

Como as partes ainda encontram-se em negociação, os atendimentos que terão sua oferta reduzida pela UPA ainda não foram divulgados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS: UPA | saúde
Publicidade