Uma data voltada à pessoa que mais se dedica a nós

Leonardo Lima

Dois meses após serem reverenciadas no Dia Internacional da Mulher, as mães voltam a ser homenageadas em dia exclusivo delas. Comemorado no Brasil sempre no segundo domingo de maio, a data, embora seja apontada como algo meramente comercial por muitos, não perde seu caráter afetivo. Quem não dá um beijo em sua mãe neste dia? Quem não a presenteia ou almoça junto com ela por mais simples que seja o presente ou a refeição? Quem não sente aquela dor no peito, aquela imensa saudade quando constata que a presença materna não se encontra mais no plano físico, apenas no espiritual?

O Dia das Mães continua com seu espírito mágico de união, de inúmeras demonstrações de amor e carinho. Amor de mãe é incomparável. É amor puro, ingênuo e ao mesmo tempo maduro. Mãe se doa, se entrega, dá e não espera receber nada em troca. O que ela espera é a felicidade de seus filhos, custe o que custar. Mãe é aquela que abre mão de qualquer coisa em prol do bem-estar daqueles que são os maiores frutos que gerou ao longo de sua vida. E mesmo que estes frutos não sejam tão vistosos aos olhares dos outros, na visão dela serão sempre os mais importantes, pois independentemente de todas as imperfeições, serão sempre perfeitos para ela. Eles serão sempre seus.

Ser mãe é querer, é proteger, é cuidar, é aconselhar, é acolher, é dar, é receber, é não receber, é cariciar, é dar colo, é dar broncas, é chorar e rir junto, é perder noites de sono e ganhar dias de infinitas alegrias. Ser mãe é um monte de outras coisas. Mas a coisa mais importante delas e que talvez não seja encontrada em nenhuma outra relação humana é: ser mãe é amar incondicionalmente. O jornal AVOZ DA SERRA parabeniza todas as mães por esse dia tão especial.

A história do Dia das Mães

Os primeiros indícios de comemoração desta data foram encontrados na Grécia Antiga, onde a população reverenciava a deusa Reia, mãe comum de todos os seres, ofertando presentes e fazendo diversas homenagens. Já em Roma, havia uma celebração similar, que reverencia a rainha Cibele, mãe dos deuses. Tal festa durava cerca de três dias, entre 15 e 18 de março.

No entanto, a comemoração passou a ter um caráter cristão somente nos primórdios do cristianismo, em uma celebração realizada em homenagem à Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo. Outra homenagem parecida com a atual ocorria na Inglaterra, no século XVII: o Domingo das Mães. Nesta data, eram promovidas missas onde os filhos entregavam presentes às suas respectivas mães e até mesmo aqueles que trabalhavam longe de casa eram liberados pelos seus patrões.

Porém, o início oficial desta celebração se deu a partir da ideia proposta pela norte-americana Anna Jarvis, em 1904, que queria homenagear sua mãe, que havia sido morta durante a Guerra Civil Americana, além das outras mães, vivas ou não. Em pouco tempo a festa se estendeu por todo o país e, em 1914, o governo dos Estados Unidos oficializou a data. A lei declarou o Dia das Mães como uma data festiva de âmbito nacional e, após essa iniciativa, muitos outros países adotaram tal comemoração

No Brasil, o 1º Dia das Mães foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre em 1918. Já em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou esta comemoração sempre no segundo domingo do mês de maio. Quinze anos mais tarde, Dom Jaime de Barros Câmara (cardeal arcebispo do Rio de Janeiro), determinou que tal data fizesse parte do calendário oficial da Igreja Católica.