Nas últimas semanas percorremos a cidade para produzir a série “Raio X do Meio Ambiente”, que identificou inúmeras agressões ao ecossistema, infelizmente praticadas por parte da população. Encontramos lixo descartado em locais irregulares, assim como o despejo de entulhos e móveis nas calçadas e terrenos, além de muita poluição nos rios como mostramos abaixo. Neste 5 de junho, quando celebramos o meio ambiente, permanece a dúvida: o que fazer para rever esse quadro? Só com o incentivo à educação ambiental nas escolas, pois formando novos cidadãos, a cidade poderá ser mais conservada.
A lição de 2011 não serviu?
A grande quantidade lixo descartada nas ruas e terrenos baldios assusta. E o pior é que cenas como essa podem ser observadas em todos as regiões da cidade. Os flagrantes, infelizmente, são tão comuns que nem mais assustam, mas decepcionam. O lixo espalhado nas ruas entope bueiros e quando chove as inundações são inevitáveis. Pelo jeito, parte da população parece não ter aprendido com os efeitos danosos da tragédia das chuvas de oito anos atrás e continua desrespeitando as leis se desfazendo do que não mais o interessa de qualquer forma.
Enquanto houver abelhas, há esperança
Elas existem há mais de 50 milhões de anos e o seu surgimento permitiu a diversidade da flora e da fauna. A frase atribuída a Einstein, de que “a humanidade sucumbiria caso as abelhas desaparecessem”, serve para alertar não só a comunidade científica e a população, mas principalmente as autoridades. Ao contrário do que muita gente pensa, a função principal das abelhas não é produzir mel, mas a polinização: 85% de toda a flora do planeta, só é reproduzida a partir da intervenção das abelhas. Essa relação de adaptação entre as abelhas e as plantas foi disseminando espécies vegetais, que por sua vez deram origem a espécies animais, como os mamíferos.Segundo o veterinário e apiculutor, Luiz Moraes, as abelhas são essenciais para a agricultura porque polinizam cerca de 90 tipos de frutas vegetais e soja.
Poluição nos rios
Basta uma simples caminhada pelas margens de qualquer rio ou córrego em Nova Friburgo, para nos depararmos com cenas semelhantes: em meio ao curso d’água. muita poluição. Lixo, pneus e até eletroeletrônicos aparecem nos leitos. Quando chove forte e o nível dos rios aumenta, a quantidade de lixo favorece o represamento das águas e as enchentes são inevitáveis. Em Nova Friburgo, pelo menos quatro mil pessoas vivem sob a ameaça de novas enchentes, segundo a Defesa Civil. O mato alto nas margens dos rios e a falta de dragagem são denúncias recorrentes. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que muitos moradores das áreas de risco insiste em não desocupar os imóveis.
Queimadas
Todos os anos quando há a estiagem, surgem as queimadas que destroem grandes áreas de vegetação. Só em 2018 foram mais de 50 ocorrências, segundo os bombeiros.
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