O Parque Imperial, situado entre Ponte da Saudade e Varginha, é um bairro privilegiado pela natureza, com muito verde, sossegado e ruas tão silenciosas que até se ouve o canto dos pássaros. Mas essas mesmas ruas carecem de maior atenção do poder público, pois estão tomadas de buracos e cheias de mato, cujo crescimento parece acelerado pelas chuvas, normais nesta época do ano. E os problemas não param por aí. O lago, referência do bairro, que já foi bonito um dia e poderia ser um lugar de sociabilidade, está sujo e abandonado.
A Rua Ana Sartori Catarcione, a principal do bairro, no acesso a Varginha, estreita e sinuosa, está esburacada. Os bueiros, em sua maioria, estão com as tampas tortas, quebradas, improvisadas, verdadeiras armadilhas, representando um perigo para pedestres e motoristas. Em alguns pontos o meio-fio cedeu para dentro do córrego. Em frente ao número 754 a água escorre pela sarjeta em direção ao lago. O mato toma conta das beiradas. Em alguns pontos, foi cortado, porém, permanece acumulado, sem ter sido retirado.
Parece que imperial mesmo permanecem os nomes das vias. A Rua D. Pedro II, a partir da confluência da Rua D. Pedro I, tem um trecho de terra, igualmente com muitos buracos. Quando chove faz muita lama e dificulta a passagem de pedestres e veículos. Os moradores reivindicam o calçamento desse trecho.
O bonito lago de outrora, onde as pessoas das poucas casas faziam seus passeios no entorno, hoje está feio, sujo, abandonado. Uma moradora, que não quis se identificar, comentou que à medida que mais casas foram sendo construídas e o bairro recebeu um número maior de moradores, os serviços públicos não acompanharam as necessidades locais e pioraram. Os ônibus demoram, as coberturas dos pontos de ônibus são poucas e os bancos sem nenhum conforto para os passageiros, enquanto esperam os coletivos. Depois que embarcam todo cuidado é pouco devido aos solavancos por causa das péssimas condições da via principal.
A Rua Professor Lara Vilela também tem grande trecho de terra. Ali os moradores demonstram preocupação, pois uma nascente desapareceu e o bueiro foi tapado. Temem que a água force passagem e possa haver uma verdadeira explosão.
O LAGO, QUASE UMA UNANIMIDADE – Morador há 25 anos do Parque Imperial, Luiz Carlos Rocha Aguiar é um dos que reivindicam a recuperação do lago. Ele garante que o lago é público e seu entorno está sendo invadido por pessoas que se arvoram como donos.
Moradores ou transeuntes também não colaboram com a limpeza do lago. Além de plantas aquáticas que proliferam, há também garrafas e copos plásticos, entre outros detritos atirados em suas águas. O pior é que a limpeza é feita em períodos muito longos e o aspecto de abandono só aumenta. Poderia ser um local aprazível, mas do jeito que está, isto está longe de acontecer. Segundo Luiz Carlos, os administradores, de um modo geral, têm feito muito pouco pelo Parque Imperial.
Ivone Faria Martins, moradora do Parque Imperial há 21 anos, também gostaria de ver o lago recuperado. Mesmo com todo o aspecto de abandono, ela diz que já foi feita uma roçada no local no ano passado. Mas ainda há muito que fazer. Até porque o mato já cresceu novamente. E Ivone cobra da Prefeitura a melhoria do lago e seu entorno.
Já os irmãos Carlos Henrique e Tiago Thurler lamentam o envenenamento de gatos no bairro. Os animais aparecem mortos na rua. Em quatro meses foram sete gatos envenenados. Um que se salvou teve diagnóstico de envenenamento pelo veterinário, mas sucumbiu da segunda vez. Eles gostariam que autoridades da área de Saúde apurassem os casos.
RESPOSTA DA PREFEITURA - Mesmo com todos os problemas, o Parque Imperial ainda é uma boa opção de moradia, principalmente pelo sossego e a boa vizinhança. Os moradores só querem mais atenção da Prefeitura.
O secretário de Serviços Públicos, Alan de Almeida, garante que em 2013 sua equipe de capina de limpeza passou pelo Parque Imperial três vezes. Porém, com as chuvas, o mato cresce muito, devido ao lugar ser úmido. Alan avisa que na primeira semana de janeiro, mais precisamente a partir do dia 6, enviará novamente sua equipe ao bairro, composta de 20 funcionários, para nova capina e limpeza.
Já com o secretário de Obras, José Augusto Spinelli, não conseguimos contato para comentar os inúmeros buracos, principalmente da Rua Ana Sartori Catarcione.
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