Flávia Namen
O maior desastre ambiental do Brasil está completando um mês neste sábado, 12, mas continua presente na memória e no dia a dia dos moradores de Nova Friburgo. Vários pontos da cidade foram devastados pelo temporal de janeiro, que provocou mais de 400 mortes e, segundo dados extraoficiais, deixou dezenas de desaparecidos e milhares de famílias desabrigadas e desalojadas.
Apesar do esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipal, as marcas da tragédia permanecem em vários pontos da cidade. A outrora turística Praça do Suspiro, por exemplo, foi devastada pela enxurrada e a avalanche de terra que desceu do morro do Teleférico. Nem a histórica capela de Santo Antônio resistiu à intempérie e foi praticamente destruída.
Outros locais do centro da cidade, como parte da Rua Cristina Ziede e o final da Rua Augusto Spinelli, se transformaram num amontoado de terra e escombros. O trecho, que deveria estar isolado e fiscalizado pela Defesa Civil, se tornou um local de visitação de curiosos, que querem conferir de perto o cenário onde três bombeiros morreram e parte de um edifício desabou, além de várias casas.
Nos bairros e distritos mais afastados, como Campo do Coelho, Conselheiro Paulino, Córrego Dantas, Rui Sanglard, Lazareto, São Geraldo e Alto do Floresta, só para citar alguns, o panorama também é desolador. São barreiras impedindo a passagem, destroços de casas e muita sujeira e poeira por todo o lado. Panorama semelhante pode ser visto nas imediações do Centro, como na Vila Amélia, Vilage e em Duas Pedras.
Em meio a tanta destruição e tristeza, o povo friburguense dá mostras de superação e vem unindo forças para reconstruir a cidade e resgatar a autoestima dos friburguenses. Prova disso são as diversas faixas espalhadas pelo comércio local com mensagens de estímulo e esperança. Muitos cidadãos também aderiram à ideia e aproveitaram o vidro traseiro dos carros para afixarem adesivos com mensagens que incentivam a população a reagir. Confira alguns registros fotográficos de como está o município, trinta dias após a catástrofe.
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