Um gesto de amor

terça-feira, 14 de junho de 2016
por Jornal A Voz da Serra

BASTAM quatro doações para os homens e três para as mulheres, anualmente, e o Banco de Sangue não estaria vivendo o drama permanente da falta de doadores em Nova Friburgo. O clamor é idêntico aos dos demais hemocentros do país. O do Hospital Raul Sertã faz campanhas e constantemente apela para a solidariedade da população para manter seus estoques em condições mínimas de fornecimento.

PARA o HRS manter o estoque de sangue em níveis adequados de segurança, atendendo não só a população friburguense, mas, também a de mais 12 municípios da região, torna o problema da doação ainda mais grave. Hoje, o nível está abaixo do mínimo necessário, que seria entre 35 e 40 bolsas de sangue em seu estoque.

UM HOSPITAL com a abrangência do HRS, por características regionais, devido à inexistência de outros hospitais do mesmo porte para atender a diversos municípios do Centro-Norte, é necessário dispor de sangue em quantidade e qualidade adequadas. Sem ele, cirurgias são canceladas causando transtornos enormes à população.

É PRECISO, pois, compreender a importância da doação para manter os níveis adequados para o pronto atendimento hospitalar. O número de acidentes nas estradas, apesar das campanhas, vem crescendo, implicando na adoção de diversas medidas de prevenção, das quais a infraestrutura hospitalar é uma das prioridades. Para tanto, a doação de sangue se torna imprescindível.

CAMPANHAS de todos os tipos, como agasalhos, alimentos e brinquedos existem anualmente, porém, poucas são aquelas destinadas a aumentar o número de doadores em Nova Friburgo. Comum em tantas cidades brasileiras, a doação ganha ares educativos e se constitui num elemento a mais para aumentar os laços de civilidade e harmonia nas comunidades.

 MUITAS vezes a solidariedade do friburguense foi posta à prova e a resposta foi a melhor possível. Em momentos trágicos ou não, a ajuda da comunidade foi fundamental, revelando o caráter fraterno da população, que se sensibiliza aos pedidos de auxílio. Assim também deveria ser com relação à doação de sangue. Afinal, a vida depende dele e negá-lo seria jogar por terra todo o bom conceito que o friburguense desfruta, construído ao longo de quase 200 anos. Doar é um gesto de amor.

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