Prof. José Afonso de Oliveira
Tive o imenso privilégio de ter convivido com o meu colega de Colégio Anchieta, Paulo Carvalho. Vivemos nos anos 60 do século passado debaixo do mesmo teto e sempre que nos encontrávamos, ou também, via internet, um caso ou outro daqueles bons tempos era sempre lembrado.
Nos reencontramos quando da comemoração dos 120 anos do Colégio Anchieta e aí voltamos a ter um relacionamento muito próximo, praticamente diário, em que se pesem as distâncias geográficas deste imenso Brasil.
Mas vi o quanto Paulo Carvalho amava Nova Friburgo no momento da tragédia que a cidade recentemente viveu por conta das chuvas torrenciais de um verão próximo. Ele me falou quase chorando, realmente emocionado, e quando nos encontramos novamente em Nova Friburgo fez questão de me mostrar tudo o que aconteceu.
Penso que a cidade perdeu, sim, um grande defensor de suas causas, dos seus cidadãos. Paulinho era vibrante como ele só, entusiasmado com tudo e com todos, extremamente gentil com todas as pessoas, sem distinção, pois isso era uma de suas marcas características.
Impulsivo, vivia intensamente o seu dia a dia, mais do que amigo mostrava-se como irmão de seus amigos, tal o respeito, a bondade e a facilidade imensa que ele tinha de relacionamento com as pessoas.
Artista, trabalhou muito no teatro, sempre viveu grandes e difíceis papéis; no palco ou fora dele, em tudo conseguia sair-se muito bem.
A fatalidade do final de sua passagem entre nós é algo inexplicável, mas valeu a pena podermos ter convivido com ele, pois sempre foi uma amizade que nos engrandeceu a todos os que fomos amigos dele e estou falando em nome de muita gente, quase todos desconhecidos.
Fica agora mais do que a saudade; a lembrança de um Paulo Carvalho feliz com a vida, generoso com todas as pessoas, totalmente desprendido das coisas, só queria o bem de todos os que lhe eram próximos. Isso é um modelo de vida e de atitude para todos nós que privamos de sua amizade.
Ele agora está com Deus, intercedendo por cada um de nós que estamos por aqui, para que possamos também fazer o que ele conseguiu fazer, o bem para todas as pessoas. Vamos sim, sentir muito a sua falta, mas felizes por termos te conhecido.
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