Os últimos 220 apartamentos do conjunto habitacional Terra Nova serão entregues aos beneficiários nesta sexta-feira, 23, a partir das 10h, no canteiro de obras da Odebrecht, no distrito de Conselheiro Paulino, em Nova Friburgo. As famílias assinaram os contratos na última terça-feira, 20, e receberiam as chaves no dia seguinte, mas a cerimônia de entrega foi adiada para a antevéspera do Natal por causa dos últimos ajustes no condomínio 9.
“Após o cumprimento de toda a infraestrutura do condomínio com rede de água, esgotamento sanitário, drenagem e energia elétrica, o empreendimento está apto para a entrega e sua inauguração está prevista para a próxima sexta-feira, dia 23 de dezembro”, informou o Ministério das Cidades.
Os apartamentos foram sorteados no dia 13 de dezembro, no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura, na Praça do Suspiro, no Centro. Mais de 300 pessoas estiveram no local para acompanhar o sorteio, que teve como objetivo decidir a unidade ocupada por cada família. Idosos, deficientes físicos e pessoas com problema de locomoção tiveram prioridade e foram alocadas nos apartamentos situados no térreo.
“Este será um Natal todo especial para essas famílias. Nós estamos encerrando com chave de ouro o setor de Assistência Social em Nova Friburgo este ano”, comemorou, na ocasião, o secretário municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Trabalho, Gilberto Souza Filho.
A entrega das casas vai tirar do aluguel as mais de 120 pessoas que recebem o aluguel social em Nova Friburgo. O benefício assistencial de caráter temporário, no valor de R$ 500, é pago às famílias que ficaram desabrigadas. Ao todo, o governo estadual gasta mais de R$ 700 mil por ano somente com as famílias desalojadas em Nova Friburgo, despesa que deve extinta com a alocação das famílias nas casas populares.
O Terra Nova foi construído às margens da RJ-148, estrada que liga Nova Friburgo ao Carmo, para abrigar as famílias que perderam suas casas ou que tiveram que abandonar imóveis em áreas de risco após a tragédia de 2011. O conjunto de prédios é composto por nove condomínios. Cada bloco possui cinco andares e 20 apartamentos, compostos por dois quartos, sala, banheiro e cozinha anexa a uma pequena área de serviços. Alguns condomínios possuem área de lazer para crianças.
Segundo a Caixa Econômica Federal, o contrato assinado pelas famílias contempladas prevê que os beneficiários morem no apartamento por pelo menos dez anos — após esse prazo, eles receberão a posse definitiva da residência. Antes disso o apartamento não pode ser vendido ou alugado, nem funcionar como estabelecimento comercial.
A construção das 2.180 moradias foi financiada por meio do programa Minha Casa Minha Vida, com cerca de R$ 316 milhões, recursos dos governos federal e estadual. Parte desse dinheiro foi usada na canalização do Córrego dos Afonsos, que corta os condomínios até o centro comercial e industrial próximo ao loteamento Belmonte, em Conselheiro. A obra já concluída evitará inundações do riacho no local.
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