Corpo em movimento
Esther Dias, a Suzana de “Malhação”, revela seu amor pela dança
Para Esther Dias, a dança é mais antiga que a tevê. E ela não nega: se não fosse atriz, certamente estaria envolvida com alguma atividade ligada à dança. É que antes de se dedicar exclusivamente à atuação, a intérprete da bela professora Suzana, de Malhação, cursou até o quarto período de Dança na Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Sempre fui muito apaixonada por dança. De vez em quando, dou uns surtos no set e começo a dançar. As pessoas até riem da minha cara”, conta, entre risos. Como boa apaixonada, Esther sempre encontra um tempinho para dançar. Mesmo em meio ao seu atribulado dia a dia de gravação. “A dança proporciona um bem-estar e um prazer enormes. Além de mexer com a sensibilidade, o que é ótimo para o meu trabalho como atriz”, justifica.
Apesar de admirar todos os estilos de dança, Esther tem um carinho especial pela dança contemporânea. Ela, inclusive, participou durante vários anos da Cia. Adolpho Bloch, de dança de rua e moderna. “Cheguei a fazer balé clássico por três meses. Mas sempre me identifiquei mais com o movimento urbano e contemporâneo”, conta. O mais interessante desse estilo, para Esther, é a liberdade para criar passos diferentes, o que ela faz muito bem. “Tem dias em que chego em casa e começo a dançar por todos os lugares. Vou esbarrando em tudo”, diverte-se.
Toda brecha entre as gravações da novelinha da Globo, Esther corre para a Academia La Danse, no Recreio, Zona Oeste do Rio. Lá, ela se arrisca nos mais variados e ousados passos. Tudo, é claro, ao ritmo das músicas – hip-hop e MPB – do seu inseparável MP3 player. “A música é importantíssima. Sem ela não dá vontade de dançar”, observa. Entre um passo e outro, ela decide falar sobre a importância da dança para a carreira de atriz. “A consciência corporal é muito importante para o ator. Até porque, há inúmeras técnicas teatrais que trabalham a concepção do personagem através do corpo”, pontua.
Se a dança faz parte da rotina de Esther desde a adolescência, o teatro só entrou na vida da atriz há dois anos. Afinal, foi apenas em 2007 que ela teve o primeiro contato com um curso de interpretação: o Nós do Morro. Foi depois de conseguir uma vaga no badalado curso situado no Morro do Vidigal, na Zona Sul do Rio, que Esther se abriu para a arte de interpretar. “É um grupo que sempre admirei muito. E vi muita gente legal fazendo trabalhos legais lá. Por isso, decidi experimentar”, relembra ela, que para ficar mais próxima ao curso chegou a se mudar do Irajá, subúrbio do Rio onde nasceu e foi criada, para o Vidigal. “Assim que me mudei, fiquei encantada com o lugar. Sem falar que a localização é ótima. Fica pertinho da Zona Sul e da Barra”, elogia.
Esther reconhece que, depois que entrou para o Nós do Morro, sua vida profissional deslanchou. Ao perceber que queria mesmo atuar, ela começou a correr atrás de trabalho na área. E não se intimidou em tentar a televisão. E, na primeira oportunidade, se cadastrou na Globo. “Começaram a surgir vários testes. A Suzana foi assim”, conta ela, acrescentando que se sente privilegiada por estar trabalhando como atriz. “Quando você descobre aquilo que realmente ama fazer, tudo acontece sem que você precise buscar muito”, defende.
Esther acredita que tudo conspira a favor quando a pessoa faz o que gosta. Ao mesmo tempo, corre atrás das oportunidades e procura aproveitá-las da melhor forma possível. Não é à toa que, até hoje, mesmo depois de formada no Nós do Morro, ainda se considera uma aluna. “Até porque, o ator nunca para de aprender, né?”, indaga, com um simpático sorriso.
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