Turma do Grupo de Controle do Tabagismo comemora vitória sobre o cigarro

quinta-feira, 25 de junho de 2009
por Jornal A Voz da Serra

(Cantagalo) - O Grupo de Controle do Tabagismo, programa mantido pela Secretaria de Saúde de Cantagalo em parceria com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), realizou quinta-feira da semana passada, 18 de junho, uma pequena solenidade para encerramento da fase de tratamento de uma turma de fumantes. Eles frequentaram o programa por pouco mais de dois meses. O evento foi realizado no auditório da prefeitura, anexo à Secretaria de Defesa Civil e Trânsito, no bairro Triângulo.

Segundo a psicóloga Márcia Rabelo Farsura, que coordena o trabalho desde o ano passado, são cerca de 65 participantes atualmente, todos fumantes em tratamento. A turma que chegou à fase final do programa comemora os resultados positivos e meses longe do cigarro, agora sem auxílio de medicamentos e reposição de nicotina.

De acordo com Márcia Rabelo, existem dois grupos em plena atividade que se reúnem uma vez por semana no auditório da prefeitura e em Euclidelândia, terceiro distrito do município. A maior arma do grupo é a ajuda mútua e a força de vontade. É bem verdade que adesivos de nicotina, que fazem a reposição da substância no organismo em doses menores do que as que seriam absorvidas pelo fumo, ajudam muito, mas o dependente tem mesmo que estar disposto a deixar o vício. Os apoios psicológico e dos membros do grupo auxiliam bastante, tanto que o grupo está cheio de exemplos de pessoas que já haviam tentado de tudo sem sucesso e agora conseguiram largar o hábito de fumar.

Quem tiver interesse em deixar o tabagismo deve procurar uma unidade do Programa de Saúde da Família (PSF) para se inscrever. A partir daí, o paciente é encaminhado ao grupo para início do tratamento. “A conscientização sobre os males provocados pelo tabagismo e a disposição de deixar o vício são muito importantes. Sabemos que é difícil, mas atualmente há uma série de meios, inclusive medicamentosos e psicológicos, para auxiliar os que realmente decidem parar de fumar”, destaca a coordenadora do programa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) admite que o hábito de fumar é uma doença que deve ser tratada, como qualquer outro tipo de dependência. Ser fumante é mais que uma questão de saúde pública e bem-estar social, é causa, muitas vezes, de constrangimento, já que, cada vez mais, o hábito tem se tornado antissocial. “O pior é que muitas pessoas não conseguem abandonar o vício sozinhas, precisam de ajuda. E para isso estamos aqui, para motivar, auxiliar e mostrar que é possível”, destaca a psicóloga.

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