A final da Taça Libertadores é neste sábado, 23, e os flamenguistas esbanjam confiança em busca do bicampeonato. O time que conquistou o troféu sul-americano mais importante em 1981 quer repetir o feito em 2019. Para isso, precisa vencer o River Plate, que já conquistou quatro vezes o título e é o atual campeão.
A ser disputada em apenas um jogo, o novo modelo da competição estreia esse ano. Inicialmente, a final seria disputada em Santiago, no Chile, mas, devido às manifestações políticas no país, a Conmebol decidiu transferir a decisão para Lima, no Peru. Desde o início da última semana a capital peruana começou a receber os torcedores dos dois times.
E tem friburguense na área. Apaixonados pelo rubro-negro, levando a paixão no peito, torcedores saíram de Nova Friburgo rumo ao Peru para viver um sonho que poderá se tornar realidade. William Pimentel (foto), que chegou em Lima na última quinta-feira, 21, falou à nossa reportagem sobre as primeiras impressões e tudo o que cerca a grande final.
“O clima está bem tranquilo. Apesar da quantidade de ingressos ser igual para as duas torcidas, visivelmente a torcida do Flamengo está em maior número. Até os hotéis tem comentado isso, que a proporção é de cinco rubro-negros para um torcedor do River Plate. Em um shopping, as duas torcidas se encontraram. Todos entoando cantos referentes aos seus times. Em um momento o clima esquentou, mas nada demais aconteceu”, contou.
William comentou que encontrou com um torcedor argentino enquanto esperava na fila para pegar o ingresso. Segundo ele, o torcedor que estava com a camisa do River por baixo da blusa se sentiu seguro para exibir o uniforme do seu time e elogiou os brasileiros dizendo que não poderia fazer o mesmo na Argentina porque a rivalidade fala muito mais alto. “Ele se sentiu a vontade, tinha uma tatuagem enorme do River Plate, e disse que seria inconcebível estar uniformizado diante da torcida rival se estivesse em seu país. Disse que nós somos pacíficos”, relatou.
O pensamento positivo toma conta da torcida. Para William, o Flamengo tem mais time e amplas condições de vencer o River. “Nós temos o camisa 10 da seleção uruguaia, temos vários jogadores da seleção brasileira e outros que poderão vestir a amarelinha. É um time padrão médio da Europa que o Flamengo montou e está jogando competições sul americanas”, analisou William que já está com sua camisa da sorte pronta para assistir a grande decisão. “Eu uso a camisa que vestia em 2001, quando o Pet fez o gol de falta, na final do Carioca. Dá sorte”, garante.
Falando em superstição, Ítalo Schumacker também tem a sua e, apesar de não estar em Lima, manda vibrações positivas para o time. “Eu vou ver o jogo na casa da minha tia Leila. Vi todos as vitórias lá. Os únicos dois jogos que eu não assisti o Flamengo perdeu. Então, neste sábado irei sem falta para a casa da tia Leila, sempre com a minha camisa branca, sentado no meio do sofá e olhando as estatísticas do jogo no celular”, disse Ítalo que arriscou um palpite para o jogo: 3 a 0. Dois gols do Gabigol e um do Bruno Henrique. A programação de sábado é acordar, comprar a cerveja, rezar para São Zico e fé em Jesus que esse título é nosso”, mostrou confiança.
Cruzando a fronteira
Eles tinham acabado de cruzar a fronteira do Brasil com o Peru quando deram uma paradinha para reestabelecer as energias e falar com nossa equipe de reportagem na tarde desta sexta-feira, 22. Gabriel Ruiz, Octávio Bravo, Vinícius Mussi, Heitor Rodrigues e Bernardo Viana botaram o pé na estrada literalmente. Tudo pela paixão ao Flamengo.
Os cinco torcedores saíram de Friburgo na última quinta-feira, 21, às 13h já estavam quase chegando na capital peruana. “Pegamos um voo para São Paulo às 18h, chegamos às 22h em Rio Branco-AC e alugamos um carro. Desde a madrugada estamos viajando. A previsão é chegar no final da noite em Cuzco. Amanhã (sábado, 23) de manhã pegamos um voo para Lima. Serão 16 horas dirigindo e quase 48 horas viajando. Tudo pelo mengão”, vibram em coro.
Ex-aluno da fFundação Getúlio Vargas em Nova Friburgo, o ex-presidente do Flamengo, Márcio Braga, também se juntou à comitiva de rubro-negros em Lima (foto).
Jogo muda o trânsito em Friburgo
Às 7h deste sábado, 23, em função da final da Copa Libertadores a Rua Monte Líbano, onde há grande concentração de bares e torcedores, será interditada ao trânsito. A Rua Augusto Spinelli terá mão dupla no trecho entre as ruas Monsenhor José Antônio Teixeira (antiga São João) e a Monte Líbano, no Centro. A Rua Monsenhor José Antônio Teixeira terá a mão invertida. O estacionamento de veículos já estará proibido a partir da meia-noite deste sábado. Agentes de trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana estarão de plantão nas imediações para orientar os motoristas A partida tem início às 17h e bares da Rua Monte Líbano prometem instalar telões para os torcedores.
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