Saborosa, leve e muito nutritiva. Assim é a truta. Trata-se de um peixe da mesma família que o salmão, rico em ômega 3 e de enorme versatilidade na gastronomia, caracterísitica esta que pode ser conferida ao longo do Festival de Truta. O evento, que termina neste domingo, 28, acontece pela quarta vez em Nova Friburgo.
Na cidade onde são produzidas, todo mês, cerca de 12 toneladas do peixe e é considerada a maior produtora de trutas do Estado do Rio, o consumo do peixe chegou a ser quase 60% maior durante o período do festival. Neste domingo, completam 17 dias de evento e, durante este período, 13 chefs inspirados pelas belezas dos distritos de Mury, Lumiar e São Pedro da Serra, apresentaram aos clientes de paladar mais exigente criações inéditas à base de truta. Como diz o dono do restaurante Bräun&Bräun, Jorge Bräuniger, a truta é um peixe comum na região, carro-chefe de muitos restaurantes da cidade, por isso o desenvolvimento de um prato para o festival precisava inovar. E criatividade não faltou aos chefs.
“Truta é muito mais que manteiga com amêndoas ou manteiga com alcaparras”
Para este ano eles apostaram em combinações, digamos, exóticas. Ao paladar delicado da truta, muitos associaram o sabor cítrico e marcante do limão siciliano. No restaurante Viva Rô, o chef Harald combinou salada de pepino, broto de ervilha e folhas frescas, temperados com azeite e suco de limão siciliano. Rosane Salcedo, a Rô, conta que o prato foi inspirado já no verão e teve o intuito de mostrar que “truta é muito mais que manteiga com amêndoas ou manteiga com alcaparras”.
O delicioso festival não movimentou apenas as cozinhas dos restaurantes, mas toda a economia de Nova Friburgo. O presidente do Nova Friburgo Convention & Visitors Bureau, chef Dê, afirma que este ano o movimento de clientes nos 13 restaurantes participantes chegou a ser 50% maior do que no festival do ano passado. No Truta & Boa Cia, por exemplo, só no primeiro fim de semana, quando houve um feriado numa segunda-feira, foram vendidos 250 pratos à base de truta.
Quem também comemorou, logo no início do festival, foi a empresária Carla Pinho, do Espaço Bistrô. Com apenas sete meses de funcionamento, Carla conta que precisou de muito jogo de cintura para atender a tantos pedidos, 60% deles foram para o prato do festival. Muitos restaurantes tiveram que investir em mão de obra temporária. O presidente do Convention acredita que, no todo, o número de funcionários durante o festival cresceu 20%.
O movimento nos hotéis e pousadas também superou as expectativas. O diretor de hotelaria do Convention, Leonardo Mattos, acredita que o número de hóspedes aumentou em mais de 50% em relação ao festival de 2009. Toda esta movimetação foi por conta de um peixinho que fez das águas claras, limpas e frias do Rio Macaé sua principal morada e deu à gastronomia de Nova Friburgo, em especial de Mury, Lumiar e São Pedro da Serra, um toque bastante requintado.
Para quem ainda não saboreou as delícias deste festival, ainda há tempo. Até este domingo, 28, os 13 restaurantes ainda servirão pratos à base de truta. Uma boa oportunidade para experimentar o sabor delicado do peixe mais famoso da região.
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