O Centro Estadual do Trauma do Idoso (Ceti)—que fica no Hospital São Francisco da Penitência, zona norte da cidade do Rio de Janeiro—já começou suas atividades melhorando a vida de três idosas. Therezinha Zoellner, de 83 anos, Jeorgina Pereira, de 83 anos e Cleonice Pereira, de 81 anos. As três pacientes deram entrada na unidade com fratura no fêmur, passando por cirurgia de reparação nesta segunda-feira, 22, dia da inauguração do Centro de Trauma.
“Elas estão ótimas, passam muito bem. Hoje mesmo foram transferidas para o quarto e acredito que até quinta-feira, as três ganharão alta”, disse o diretor do Hospital São Francisco, Dr. Waldir Leopércio.
Uma das pacientes operadas, a aposentada Cleonice Conceição, levou um tombo em casa dando um susto na família. Ela esperou menos de 1 semana pela cirurgia. Hoje, ela comemora o resultado da operação e, aliviada, conta como está sendo bem atendida na unidade.
“Estou bem melhor, graças a Deus. Consegui operar aqui e fiquei muito feliz. Estou sendo muito bem atendida.”
Alegria da mãe e felicidade em dobro da filha. A doméstica Maria José de 42 anos está feliz com o atendimento que a mãe recebeu no Centro de Trauma.
“Achei tudo maravilhoso. Minha mãe deu um susto muito grande na gente, mas, ainda bem, ela recebeu atendimento logo e foi transferida para cá. Não tenho o que reclamar do Centro, médicos e enfermeiros são muito atenciosos. Ninguém tem a noção do quanto eu estou feliz”, comemora.
Serviço pioneiro – Inédito no Brasil, o Centro Estadual do Trauma do Idoso (Ceti) fará do Rio referência no atendimento a pacientes da terceira idade. Por meio de uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, foi preparado para abrigar o Centro de Trauma. Foram feitas reformas no centro cirúrgico, criados 30 leitos de enfermaria, cinco leitos de CTI e reforço no quadro de médicos especializados, com 17 ortopedistas e sete anestesistas para atender pacientes acima de 60 anos com quadro de fratura de fêmur proximal, que é o tipo mais comum de trauma entre pessoas com mais de 60 anos.
Acompanhamento pós-cirúrgico – Os pacientes operados no Centro de Trauma do Idoso terão dois destinos após a cirurgia: a alta médica ou a continuidade de recuperação em outra unidade. Os pacientes que estiverem aptos a receber alta no prazo definido pelo protocolo serão posteriormente acompanhados por equipe multidisciplinar em consultas de retorno no próprio CTI até a alta ambulatorial. A Secretaria estadual de Saúde já está estudando a possibilidade de, numa segunda fase do projeto, oferecer assistência doméstica aos pacientes que necessitarem.
Já os pacientes que não puderem receber alta após a cirurgia serão transferidos para continuidade de tratamento no Hospital Estadual Eduardo Rabello, em Campo Grande, referência no estado no tratamento de médio prazo em idosos.
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